Foi detetado no Oregon, nos Estados Unidos da América (EUA), um caso de peste bubónica, mais conhecida como ‘peste negra’. Este é o primeiro caso confirmado naquele estado desde outubro de 2015.
Os Serviços de Saúde do Município de Deschutes “confirmaram um caso de peste humana num residente local”, tendo o individuo sido infetado através do contacto com um gato doméstico que apresentava sintomas da doença.
A peste bubónica pode ser transmitida aos humanos, através da picada de uma pulga ou por contacto de fluídos corporais de animais contaminados, nomeadamente roedores. Os gatos são especialmente mais suscetíveis à peste por normalmente caçarem roedores.
Os sintomas da peste bubónica incluem febre, náuseas, fraqueza, arrepios, dor muscular e/ou inchaço visível de gânglios linfáticos e surgem, por norma, entre dois a oito dias após à exposição da doença.
Richard Fawcett, diretor dos Serviços de Saúde de Deschutes, citado pela estação televisiva norte-americana NBC, assegura que “todos os contactos próximos do indivíduo e do animal foram contactados e foi providenciada medicação para prevenir a doença”.
O gato que esteve envolvido no caso, explica o responsável de saúde, encontrava-se “muito doente” e tinha um abcesso drenante, sinal de uma infeção “significativa”. Fawcett indicou que o paciente tem “respondido muito bem ao tratamento com antibióticos”.
A Fox avança que o risco de contágio comunitário é reduzido, sendo que o caso foi identificado e tratado numa fase precoce da doença. Se a ‘peste negra’ não for tratada poderá avançar para estágios mais severos da doença, como peste septicémica ou peste pneumónica.
Os casos de peste bubónica são raros nos EUA, sendo apenas registados um a sete novos casos por ano. O Centro Norte-Americano para Controlo e Prevenção de Doença, indica que “mais de 80% dos casos de peste nos Estados Unidos foram na forma bubónica”. “Desde a segunda metade do século XX, a peste nos Estados Unidos tem ocorrido tipicamente em zonas rurais”