O Balanço Militar 2024, divulgado, esta terça-feira, pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (ISS), refere que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), à exceção dos Estados Unidos da América (EUA) aumentaram a sua despesa militar total, em 32%, desde 2014.
O relatório, que é publicado anualmente pelo centro de estudos britânico, indica que estas despesas, cujo aumento coincidiu com a invasão da Crimeia (Ucrânia), pela Rússia, “estão apenas a resolver problemas de longa data e há sinais de que a inflação continua a ser uma preocupação, com os custos de alguns tipos de munições a mais do que duplicarem”.
O documento define que é preocupante, a falta de capacidade “evidente”, dos países ocidentais, de acompanharem a procura de mais equipamento militar e munições.
Este corrida ao armamento, segundo o ISS, está a ser acompanhada pela China e Rússia, que, atualmente, dedicam mais de 30% das suas despesas públicas para a defesa.
Mundialmente, a despesa militar aumentou 9%, em relação a 2022 e espera-se que venha a crescer ainda mais em 2024, face aos compromissos já divulgados publicamente.
Apesar de alguns países estarem a adotar novas tecnologias, como planadores hipersónicos e misseis cruzeiro ou munições de ataque direto, os autores do escuto constataram que se recuperou o interesse por equipamento mais ‘tradicional’, como artilharia ou defesa antiaérea.
Os EUA e a China voltaram a investir, novamente, em armas nucleares, particularmente no aumento de silos de mísseis e na modernização de ogivas e sistemas de lançamento.