Cerca de 1.300 toneladas de pilhas e baterias foram recolhidas no ano passado pela entidade de gestão de resíduos Electrão. O número representa um aumento de 90% em relação a 2022.
Segundo a associação, a quantidade é, ainda assim, insuficiente, uma vez que “muito deste material continua a ser depositado no lixo indiferenciado”, e quando tal acontece não só é mau para a saúde pública e ambiente como também se desperdiçam materiais que poderiam ser reutilizados na produção de novas pilhas e baterias.
Em comunicado citado pela agência Lusa, a associação Electrão explica que as pilhas e baterias têm “substâncias altamente nocivas” que poluem o solo e a água, mas também “materiais que podem ser reciclados, como o lítio e o cobalto, que integram a lista das matérias-primas identificadas pela Comissão Europeia como sendo críticas para assegurar a transição ecológica e digital”.
Apesar do aumento na recolha para reciclagem, as quantidades recolhidas equivalem apenas a cerca de 100 gramas por pessoa, pouco mais de duas pilhas, “o que é ainda manifestamente insuficiente face às quantidades disponíveis para recolha”.
As 1.227 toneladas recolhidas no ano passado comparam com as 644 toneladas do ano anterior (mais 90%). A subida deve-se sobretudo às baterias industriais, que evoluíram de 363 toneladas recicladas em 2022 para 891 toneladas em 2023 (mais 145%), em especial de atividades empresariais e industriais.
Nas pilhas e baterias portáteis (por exemplo de comandos, brinquedos, telemóveis e computadores) o aumento foi de 19%, passando de 281 toneladas em 2022 para 335 no ano passado. Neste caso o número de pontos de recolha cresceu 17%.