O Mundial de Fórmula 1 começa este fim de semana no Bahrain, é o início da temporada mais longa de sempre com 24 Grandes Prémios. Pela primeira vez na história, as equipas mantiveram os mesmos pilotos do ano anterior, as grandes mudanças estão guardadas para 2025, Lewis Hamilton antecipou-se e trocou a Mercedes pela Ferrari naquela que é considerada a transferência do século.
Max Verstappen e a Red Bull querem renovar os títulos, mas pode haver surpresas. Os testes de pré-temporada realizados no circuito de Sakhir, onde vai ter lugar a primeira corrida, no sábado, mostraram que o monolugar da Ferrari é bastante competitivo. Verstappen foi o mais rápido no primeiro dia, mas depois foi ultrapassado pelos pilotos da Ferrari e Mercedes. Carlos Sainz ficou com o segundo melhor tempo (1.29,921m), seguido por George Russel (1.30,322m), só depois apareceu o primeiro Red Bull… de Sergio Perez (1.30,679m). Há um pormenor importante: os pilotos da Ferrari e Mercedes fizeram o tempo com pneus macios e com mais aderência (não vão ser usados na primeira corrida) e o Red Bull com pneus médios. Podemos dizer que as duas primeiras trabalharam para obter um tempo canhão, enquanto a campeã do mundo esteve a preparar a corrida. Esta é uma leitura superficial tendo em conta os tempos realizados, uma vez que os testes de pré-temporada são sempre uma incógnita. Os programas de trabalho são muito distintos e difíceis de entender já que todas as equipas escondem o verdadeiro potencial do carro até à primeira corrida, jogando com o peso (mais ou menos gasolina no depósito), com o tipo de pneus e com a velocidade, baixando o ritmo nos setores da pista onde sabem que são competitivas, para não dar pistas aos rivais.