Lula e Bolsonaro disputam desgaste

Bolsonaro vive inferno astral com as revelações de que realmente sonhou com um golpe para impedir a posse de Lula da Silva.

O novo embate entre Lula da Silva e Jair Bolsonaro é saber quem tem errado mais e se desgastado mais perante os brasileiros.

A posição de Lula nos conflitos internacionais contra as posições dos EUA e alinhamento com o eixo Pequim-Moscou não é novidade para os que nos acompanham aqui no SOL. As declarações comparando a reação israelense ao holocausto realmente, como bem disse Benjamin Netanyahu, ultrapassou a linha vermelha e sofreu condenação mundial. Apenas o Hamas e o Irã se manifestaram de acordo com o brasileiro, que disse que não pediria desculpas.

A escritora Cora Rónai, de esquerda, emitiu documento veemente de condenação ao presidente do Brasil. Ao mesmo tempo, a esquerda socialdemocrata, que apoiou Lula da Silva, cobra agora posições suas em relação às medidas totalitárias de Maduro, face às eleições deste ano na Venezuela, e a ação de Ortega, na Nicarágua, que expulsou do país padres e freiras e agora mandou fechar igrejas.

Bolsonaro vive inferno astral com as revelações de que realmente sonhou com um golpe para impedir a posse de Lula da Silva. Além de gravações, os fatos falam por si só. O ex-Presidente não reconheceu a derrota inquestionável por suspeita de fraude – seu grupo elegeu maioria no Congresso e maioria de governadores –, como abandonou o país um dia antes do fim do mandato e nunca desestimulou manifestações contra o resultado da eleição.

Os episódios de janeiro na barbárie em Brasília, de certa maneira, tiveram seu consentimento e foram baseados na invasão do Capitólio, pelos adeptos de Donald Trump, com quem Bolsonaro se identifica. No mais, as gravações revelam o uso e abuso de palavreado de baixo calão por parte do ex-presidente e de seu candidato a vice, um general do Exército. A prisão de Bolsonaro em função desses inquéritos e outros é prevista para breve. Isolado, mantém apenas forte popularidade, mas sem respaldo nas forças vivas da sociedade.

VARIEDADES

O Instituto Paraná Pesquisas ouviu brasileiros e portugueses sobre a vontade de morar no outro país. Quarenta e um por cento dos brasileiros gostariam de morar em Portugal e sessenta e quatro dos portugueses não morariam no Brasil. Os portugueses gostam da presença brasileira em Portugal, sendo que no Algarve a aceitação é de quase sessenta por cento.

O comportamento da economia neste início de ano aponta para dificuldades para o crescimento da economia brasileira. Faltam investimentos privados e percebe-se desinteresse de capitas estrangeiros em investir que não para atender ao mercado interno. O investimento ideal seria em torno de 23% do PIB, mas não deve chegar a 18%.

Nelson Motta dirigirá o espetáculo, em três dias, Doce Maravilha, que vai reunir mais de 40 artistas relevantes da música brasileira, no Rio de Janeiro, no final de maio.

O acadêmico José Paulo Cavalcanti está em mais uma temporada lisboeta. Aumentar o intercâmbio entre as academias Brasileira de Letras e a de Ciências de Lisboa, uma das metas do pernambucano que sucede na ABL Joaquim Nabuco, Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto e Marco Maciel.

A fortuna deixada por Abilio Diniz a seus herdeiros é estimada em mais de dois mil milhões de euros e inclui participação relevante no Carrefour, da França, a cujo conselho pertencia.

As compras argentinas do Brasil caíram mais de 30% no mês de janeiro. O ajuste na economia vai depender da capacidade do presidente Milei controlar o grevismo selvagem em curso. Argentina é o terceiro parceiro comercial do Brasil. E quase a metade dos turistas que chegam ao país vem de lá.

Jornalista