Depois das areias do deserto, o Campeonato do Mundo de Rally-Raid chega à Europa para a realização da BP Ultimate Rally-Raid Portugal num terreno bastante seletivo e com algumas semelhanças com os ralis tradicionais. A prova organizada pelo Automóvel Club de Portugal (ACP) é única disputada em solo europeu e realiza-se entre 2 e 7 de abril. A prova tem o centro nevrálgico em Grândola, atravessa o Alentejo, Ribatejo e Extremadura espanhola e tem 1.758 km, sendo 1.008 km ao cronómetro. Os pilotos vão disputar um prólogo e cinco etapas em estradões de terra bastante técnicos e com diversos tipos de piso, que vão do areal do litoral alentejano até aos caminhos duros da Extremadura espanhola.
Vão estar presentes muitos dos pilotos das duas e quatro rodas que participaram no Dakar e os melhores pilotos nacionais. A equipa Prodrive é a principal candidata à vitória com Nasser Al-Attiyah, bicampeão mundial de Rally-Raid, que vai conduzir o Hunter um protótipo extremamente competitivo que ganhou várias etapas no Dakar. Não está afastada a possibilidade de Sébastien Loeb, nove vezes campeão do mundo de ralis, participar com o segundo carro da Prodrive. A principal oposição vem dos pilotos oficiais da Toyota Lucas Moraes e Seth Quintero, que vão conduzir as Toyota Hilux T1, e dos pilotos da Overdrive Racing Guerlain Chicherit, Guillaume de Mévius e Yazeed Al-Rajhi. A prova do ACP é pontuável para o Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno e vai ter a presença do campeão em título Tiago Reis e de João Ramos, ambos com as Toyota Hilux T1+. Destaque também para a presença de João Ferreira, piloto oficial da Can-Am na categoria SSV.
Nas motos, espera-se uma luta intensa entre as equipas oficiais da Honda, Sherco e Hero, que trazem a Portugal grandes nomes como Ricky Brabec (Honda), duplo vencedor do Dakar, Ross Branch (Hero), atual líder do Mundial, Pablo Quintanilla (Honda), Ignacio Cornejo (Honda), Adrien Van Beveren (Honda), Skyler Howes (Honda) e Lorenzo Santolino (Sherco), entre outros.
Carlos Barbosa, presidente da Automóvel Club de Portugal, afirmou que “o ACP vai fazer uma grande prova e demonstrar, mais uma vez, que somos organizadores de excelência. É uma prova com um percurso completamente diferente e difícil de organizar, com mais de 1.700 quilómetros com tudo o que isso envolve, mas com a experiência e a qualidade da nossa equipa conseguimos fazê-lo. É importante levar estas provas para o interior de Portugal. Vamos ter os melhores pilotos de automóveis, motos e quads que estiveram no Dakar, mas também os pilotos nacionais e as equipas da Europa que não tiveram oportunidade de ir ao Dakar».
