Comissão Justiça e Paz alerta para aumento das desigualdades sociais

Nos dias de hoje, relembra a comissão, a sociedade precisa de “tomar decisões muito importantes”, com um futuro a ser “interpelante e o presente a exigir respostas claras e convictas”, o que pode levar muitos “a cair na tentação da paralisia, da desistência ou do medo”. 

A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), órgão dependente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), alertou, esta sexta-feira, para o aumento das desigualdades sociais.  

“A Humanidade conseguiu alcançar níveis de progresso que deveriam possibilitar uma vida mais justa e mais fraterna para todos e, no entanto, vemos como essa vida não é uma realidade para um número cada vez maior de pessoas. As desigualdades não só persistem como aumentam, fazendo com que cada vez menos pessoas tenham mais, e mais pessoas tenham menos”, considera a CNJP, numa nota enviada esta sexta-feira às redações.  

Nos dias de hoje, relembra a comissão, a sociedade precisa de “tomar decisões muito importantes”, com um futuro a ser “interpelante e o presente a exigir respostas claras e convictas”, o que pode levar muitos “a cair na tentação da paralisia, da desistência ou do medo”. 

“No entanto, sabemos que esses não são bons conselheiros na hora das decisões, e esta que estamos a viver é certamente uma dessas horas, quer ao nível internacional, quer, também, ao nível do nosso país”, avisa a CNJP.  

Além disso, a Comissão Nacional Justiça e Paz relembra que Portugal está prestes a celebrar os cinquenta anos da Revolução de Abril: “o chamamento para a liberdade constitui um vigoroso apelo que não se pode reduzir a um mero acontecimento, mas que se constrói e amadurece ao longo do caminho”. 

“Nesse sentido, esta Quaresma é, também para nós, um momento para olharmos o caminho percorrido ao longo destes 50 anos e de perspetivarmos o que queremos percorrer. Que país construímos e que país queremos construir? Como cuidamos uns dos outros? Como promovemos o bem comum?”, questiona a comissão.