A Marinha da Índia revelou ter assumido o controlo de um navio cargueiro, que tinha sido sequestrado por piratas da Somália em dezembro. Os 17 tripulantes foram libertados.
Num comunicado divulgado na rede social X, a marinha indiana disse que todos os 35 alegados piratas a bordo do navio MV Ruen, que navegava sob bandeira de Malta, se renderam.
Segundo o comunicado, após a evacuação, o navio foi vasculhado em busca de armas, munições e contrabando ilegais. Os 17 tripulantes foram resgatados “sem quaisquer ferimentos”.
A operação contou com uma aeronave de operações especiais, que transportou comandos indianos para bordo do MV Ruen, dois navios de guerra, drones e aeronaves de vigilância de longo alcance.
A operação, que durou cerca de 40 horas, aconteceu depois de homens a bordo do cargueiro terem disparado contra um navio de guerra indiano em águas internacionais na sexta-feira.
O cargueiro MV Ruen tinha partido do porto de Gwangyang, na Coreia do Sul, com uma carga de metais, quando foi sequestrado por piratas em 14 de dezembro, perto da ilha de Socotra, no Iémen, a cerca de 240 quilómetros da Somália.
Segundo a marinha da Índia, o cargueiro, operado por um armador da Bulgária, tinha desde então sido usado “como navio pirata para realizar atos de pirataria em alto mar”,
A atividade dos piratas somalis diminuiu nos últimos anos, mas tem havido receios crescentes de que possa regressar graças à incerteza política na região. Ataques a navios , por parte dos rebeldes Huthis do Iémen têm aumentado.
A Índia começou recentemente a expandir o seu poder naval em águas internacionais, incluindo patrulhas antipirataria perto do Mar Vermelho para ajudar a proteger os navios de ataques dos Huthis.
A marinha indiana ajudou pelo menos quatro navios mercantes que foram atacados em alto mar pelos Huthis. As forças indianas incluem três contratorpedeiros e aeronaves de reconhecimento.