PJ detém suspeito de pornografia de menores

PJ revelou ainda que integrou uma operação contra a exploração sexual de crianças nos EUA que resultou no resgate de oito crianças de situações de abuso

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem, de 24 anos, suspeito de pornografia de menores. Os crimes aconteceram desde outubro de 2022, com a utilização de plataformas digitais. 

Em comunicado divulgado esta segunda-feira, a PJ esclareceu que o suspeito foi detido no âmbito de uma investigação iniciada a partir da sinalização por entidades internacionais relativas à posse e à partilha de conteúdos envolvendo pornografia de menores em plataformas de internet.

Segundo a Judiciária, o “homem terá efetuado ‘uploads’ que foram detetados por aquelas entidades como estando registadas no nosso país” e foram encontradas na posse do detido “inúmeros conteúdos multimédia de pornografia envolvendo menores que este obtinha e partilhava através de aplicações informáticas de conversação instantânea”.

A PJ refere ainda que o detido não tem antecedentes criminais e, após ter sido presente a primeiro interrogatório judicial, ficou sujeito à medida de coação de apresentações bissemanais às autoridades policiais. Está ainda proibido de atividades profissionais que envolvam contacto com menores.

Também esta segunda-feira a PJ revelou que integrou uma operação contra a exploração sexual de crianças nos EUA entre 26 de fevereiro e 8 de março. A operação resultou no resgate de oito crianças de situações de abuso.

A Judiciária, através da Unidade de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica (UNC3T) participou na “Renewed Hope II” (Esperança Renovada II) – que decorreu no estado norte-americano da Virgínia na qual foram ainda localizadas e identificadas a 19 crianças vítimas de abusos sexuais.

A operação foi coordenada pela Unidade de Combate à Exploração Sexual de Crianças da Homeland Security Investigations (HSI), o principal serviço de investigação do Departamento de Segurança Interna dos EUA. A iniciativa juntou 25 especialistas, representantes da Interpol e Europol e de agências nacionais de diversos países.

Ao longo de duas semanas foram analisados mais de 95 mil ficheiros, num total de 121 gigabytes de dados, o que se traduziu em aproximadamente 64 horas de imagens e vídeos transmitidos.

Com o objetivo de identificar e resgatar crianças em situações de abuso ou exploração sexual, a investigação assinalou 414 pistas com o recurso a técnicas de deteção de infratores na Internet. Foram utilizados fóruns, sites, e-mail, salas de chat e aplicações de partilha de arquivos.

Entre essas 414 pistas foram alcançadas a localização e prováveis identidades das crianças vítimas de abuso ou exploração sexual.