O INE revelou esta sexta-feira que os preços das habitações aumentaram no ano passado, mas menos que em 2022. Já o número de transações em 2023 diminuiu, quer em número, quer em valor, por comparação com o ano anterior.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2023, o Índice de Preços da Habitação (IPHab) “cresceu 8,2%, menos 4,4 pontos percentuais (p.p.) que a variação registada em 2022, enquanto “os preços das habitações existentes aumentaram 8,7%, acima da taxa de variação observada nas habitações novas, 6,6%”.
Segundo o organismo, em nota publicada no seu site, no último trimestre do ano passado, “a taxa de variação homóloga do IPHab foi 7,8%, mais 0,2 p.p. que no trimestre anterior. Naquele período, “os preços das habitações existentes aumentaram a um ritmo superior ao das novas habitações, 8,1% e 6,9%, respetivamente”.
No que diz respeito a transações de habitações, o INE aponta que no “conjunto do ano 2023 transacionaram-se 136 499 habitações, por um total de 28 mil milhões de euros”, resultados que “representam reduções de 18,7% e 11,9%, em número e valor, respetivamente, relativamente ao ano de 2022.
Segundo o organismo estatístico, a “redução foi particularmente intensa nas transações de habitações existentes, que registaram taxas de variação de -21,4%, no número e de -16,5%, em valor”, ao passo que “nas habitações novas, observou-se uma redução de 6,1% no número de transações e um aumento de 2,6% no valor”.
Os dados sobre os últimos três meses do ano passado mostram que “no 4º trimestre de 2023 foram transacionadas 34 126 habitações correspondendo a uma redução homóloga de 11,4% (variação de -18,9% no trimestre anterior) e a uma redução em cadeia de 0,4%”.
Segundo o INE, neste período, “o valor das habitações transacionadas totalizou 7,2 mil milhões de euros, menos 2,6% face a idêntico período de 2022”.
As estatísticas revelam ainda que as Famílias adquiriram 116 752 habitações em 2023, por um total de 23,5 mil milhões de euros, “o que representa uma redução anual de 19,8% em número e 13,8%, em valor”.
Já as aquisições de alojamentos por compradores com domicílio fiscal fora do Território Nacional no ano passado diminuíram 3,1%, em número e 1,4%, em valor, tendo sido transacionadas 10 391 habitações, por um total de 3,6 mil milhões de euros.