O construtor automóvel chinês BYD registou um lucro recorde de 30,04 mil milhões de yuans (3,83 mil milhões de euros) em 2023. O valor compara com 16,6 mil milhões de yuans em 2022,.
O mercado chinês de veículos elétricos expandiu-se nos últimos anos, impulsionado pelos subsídios à compra, retirados no final de dezembro de 2022. Para acompanhar o abrandamento económico, dezenas de fabricantes locais lançaram uma guerra de preços.
Ainda assim, o resultado financeiro está em conformidade com as previsões anunciadas em janeiro pela BYD (entre 29 e 31 mil milhões de yuans) e representam um aumento de 80,7% em relação ao ano anterior. Em 2022, o lucro líquido mais do que quintuplicou (+445,8%).
As vendas da BYD em 2023 também aumentaram em relação ao ano anterior (+42%), atingindo 602,3 mil milhões de yuans (cerca de 76,8 mil milhões de euros).
A BYD (“Build Your Dreams”), fundada em 1995 em Shenzhen, uma metrópole no sul da China que junta muitos grupos tecnológicos (Huawei, Tencent), é a principal fabricante de veículos elétricos da China.
Inicialmente especializada na conceção e fabrico de baterias, a empresa diversificou a atividade para o setor automóvel em 2003 e, atualmente, vende veículos híbridos e elétricos em cerca de sessenta países. Em dezembro, a BYD anunciou a construção de uma fábrica de automóveis na Hungria.
No ano passado a BYD tornou-se o primeiro fabricante do mundo a ultrapassar o marco simbólico de produzir um total combinado de cinco milhões de veículos híbridos e elétricos.
A União Europeia (UE), que manifestou preocupações com a concorrência dos veículos chineses, lançou no ano passado uma investigação sobre suspeitas de concorrência desleal.
A China, o maior produtor mundial de gases com efeito de estufa em termos absolutos, tem como objetivo vender uma maioria de veículos elétricos e híbridos até 2035.