Lula preocupado com perda de popularidade

A diplomacia está preocupada com o possível esvaziamento da reunião do G-20, marcada para novembro no Rio de Janeiro.

Diferente de Bolsonaro que não acreditava em sondagens que lhe fossem desfavoráveis, Lula da Silva acredita. E se preocupou muito com o empate, em trabalho do DATAFOLHA, entre avaliações positivas e negativas em relação a seu governo. Reuniu os 38 ministros e pediu divulgação maior do que está sendo feito. Os desencontros internacionais, a falta de um programa nítido de governo, a prioridade no debate político desgasta a imagem do Governo. Fala-se inclusive que em maio possa promover uma reforma ministerial parcial.

VARIEDADES

  • A diplomacia está preocupada com o possível esvaziamento da reunião do G-20, marcada para novembro no Rio de Janeiro. As posições de Lula da Silva no conflito no Oriente Médio e na invasão da Ucrânia diferem muito da maioria dos membros do grupo. E ainda a conivência com a farsa eleitoral na Venezuela colabora para este mal-estar. Os países membros estariam representados por ministros e não por chefes de Estado ou de governo.
  • O senador Sergio Moro, ex-juiz da Lava-Jato, deve perder o mandato por um preciosismo jurídico de pequenos gastos não contabilizados na campanha eleitoral. O Presidente Lula acompanha o andamento do processo e o inexperiente senador não consegue agregar apoios. E ainda errou ao transferir o domicílio eleitoral de sua mulher para eventualmente disputar sua cadeira no Senado, na eleição suplementar.
  • Embora exporte um milhão de barris de petróleo bruto por dia, o Brasil importa 650 mil de derivados, especialmente diesel. Ocorre que a solução estava encaminhada com a abertura para pequenas e médias refinarias privadas prejudicada pelo governo querer que a Petrobras recompre as vendidas nos dois governos anteriores. A Petrobras, pelo seu tamanho, só refina em grandes instalações e as menores só seriam lucrativas nas mãos do setor privado.
  • Sem contar as dezenas de milhares de brasileiros com dupla cidadania portuguesa, italiana e espanhola, em especial, os brasileiros registram nas finanças cinco biliões de dólares em ativos financeiros fora do país. Risco político crescendo, além de impostos em alta. Os bancos, como Bradesco e Itaú-Unibanco, além do Banco do Brasil, têm com agências de rua na Flórida e estão abrindo escritórios em Nova York. E a eleição em Portugal voltou a despertar interesse numa maior presença no país.
  • A deputada conservadora Caroline de Toni apresentou projeto fazendo de 2025 o ‘Ano D. Pedro II’ pelos 200 anos do nascimento do Imperador do Brasil por 49 anos e considerado o maior dos brasileiros. D. Duarte, Chefe da Família Real de Portugal, é descendente direto dele. Mora agora em Lisboa outra descendente, a Princesa Maria Gabriela de Orleans e Bragança de Ligne.
  • Foi divulgado que a fortuna dos quatro irmãos Moreira Salles é estimada em 27 mil milhões de dólares, com um terço fora do país. Os irmãos detêm 9% do Banco Itaú-Unibanco e da maior mineração de nióbio do mundo. Os dois mais moços, cineastas e editores, Walter e João, são alinhados com as esquerdas no Brasil, mas de vida muito discreta, como os mais velhos, Fernando e Pedro, este último à frente dos negócios da família.
  • Os mercados internacionais começam a perder o otimismo com o Brasil. A Bolsa brasileira perdeu quatro mil milhões de euros nos três primeiros meses do ano.