Nasser Al Attiyah coloca a Toyota em sentido

Os grandes nomes do todo-o-terreno mundial estão a dominar nas estradas portuguesas.

As duas primeiras etapas do BP Ultimate Rally-Raid foram disputadas a um ritmo impressionante, apesar do percurso ser secreto. A Toyota dominou por completo o primeiro dia, ocupando as três primeiras posições. A história foi completamente diferente na segunda etapa, com a marca japonesa a perder dois carros devido à condução demasiado otimista do líder Guerlain Chicherit e de Guillaume de Mévius que acabaram fora de estrada.

Nasser Al Attiyah venceu a etapa com o poderoso Hunter T1+ e passou para o comando da terceira prova do Campeonato do Mundo de Rally-Raid. “É bom ganhar a etapa. Estamos contentes, mas até fomos um pouco cautelosos, por se tratar de uma corrida nova para todos, onde é fácil cometer erros. Temos de ir etapa a etapa e acumular pontos todos os dias para o campeonato”, afirmou o piloto do Qatar.

O saudita Yazeed Al Rajhi é o melhor piloto da Toyota a 20 segundos do líder, e o ex-campeão do mundo de ralis Carlos Sainz (Mini JCW Rally Plus) ocupa a terceira posição com mais 2m30s. “Correu tudo bem. O carro está impecável e a etapa era bastante técnica, com partes lamacentas e estreitas, típicas de Portugal”, afirmou o espanhol.

João Ferreira está a fazer uma prova excelente e ocupa o quarto posto, a apenas dois segundos de Sainz. “Foi um dia difícil. A primeira parte da especial estava muito escorregadia e com muita lama. Depois da neutralização o piso estava mais seco e pudemos divertir-nos mais. O quarto lugar na geral, não me parece mau”, disse o piloto do Mini.

Nas motos, o luso alemão Sebastian Bühler (Hero) fez o melhor tempo no setor seletivo – foi a primeira vitória em especiais no Mundial de Rally-Raid – e subiu ao segundo lugar a 2m56s do líder Tosha Schareina (Honda). “Senti-me bem ao longo da etapa. Havia muita água na estrada antes da zona de reabastecimento, mas tentei ser rápido, sem deixar de ter alguns cuidados com a moto, porque nas zonas rápidas o risco é enorme”, disse Bühler.

O ex-campeão nacional Bruno Santos realizou o terceiro melhor tempo e foi o melhor português. “Senti-me muito confortável. Estive sempre com um bom ritmo, apesar do percurso ser traiçoeiro e ter zonas muito escorregadias”, afirmou o piloto da Husqvarna. António Maio (Yamaha) foi oitavo na etapa e desceu para a quinta posição, a 4m51s do líder

Amanhã disputa-se a etapa mais longa da prova com 388 quilómetros, que leva os concorrentes até Badajoz. No sábado, regressam a Grândola e, no domingo, realiza-se a última etapa na zona de Alcácer do Sal. O Rally-Raid tem cinco etapas e 1.008 quilómetros feitos ao cronómetro.