Os ministros da Defesa dos EUA e da China reuniram-se esta terça-feira pela primeira vez em um ano e meio. A reunião é um novo sinal das duas superpotências em manter o diálogo apesar das tensões ainda elevadas.
A reunião por videoconferência entre Lloyd Austin, e o seu homólogo chinês, Dong Jun, ocorre num momento em que Washington procura reforçar a cooperação na área da defesa na região da Ásia-Pacífico para combater a crescente influência de Pequim.
Ao mesmo tempo, os EUA mantêm linhas abertas de comunicação com a China para evitar uma escalada de tensões.
Durante a conversa, “os dois responsáveis discutiram as relações de defesa entre os Estados Unidos e a República Popular da China e questões de segurança regional e global”, disse o porta-voz do Departamento da Defesa norte-americano em comunicado.
De acordo com a nota informativa, citada pela agência Lusa, Lloyd Austin “salientou a importância de continuar a abrir linhas militares de comunicação” entre as duas potências e “reafirmou que os Estados Unidos continuarão a voar, navegar e operar com segurança e responsabilidade onde quer que o direito internacional lhes permita”.
A reunião aconteceu menos de uma semana depois de uma cimeira em Washington entre líderes norte-americanos, filipinos e japoneses, durante a qual estes condenaram o “comportamento perigoso e agressivo” de Pequim nesta zona marítima.
O diálogo sobre segurança militar entre EUA e China – impulsionado pelos presidentes Joe Biden e Xi Jinping, durante uma reunião em novembro na Califórnia – foi retomado com uma reunião no início de abril, no Havai, entre representantes militares norte-americanos e chineses.