O movimento climático, “Fim ao Fóssil” anunciou, esta sexta-feira, que o ministério do ambiente está a ser ocupado por estudantes.
Os ativistas estão a realizar um protesto “sit in” no átrio do edifício, estando sentados no chão e unidos por tubos metálicos, e exigem que seja implementado um plano “que garanta a transição nos prazos da ciência”.
Os estudantes recusam-se a abandonar o edíficio governamental até que a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, se comprometa a garantir o fim aos combustíveis fósseis até 2030.
“Nós não queríamos estar aqui, mas não temos outra opção”, admite uma estudante.
“Aprendemos que precisamos do fim aos fósseis até 2030. A ONU ainda esta semana avisou que temos dois anos para criar e começar a implementar os planos necessários. Mas o governo continua sem ter um plano para garantir o fim ao fóssil nos prazos da ciência. Mesmo depois de já lhes termos várias vezes apresentado um plano de como o podem garantir. Não podemos consentir com a nossa condenação por um governo que se recusa a enfrentar a realidade climática”, explica outro ativista.
A nota do grupo, indica que os jovens possuem consigo um relatório da campanha de “Empregos para o Clima”, que pretende responder à “crise climática e social de forma justa e compatível com a ciência climática.
Uma vez que são ignorados, os ativistas dizem não ter outra escolha “senão ir diretamente às instituições de poder”:
“Estamos a ocupar pacificamente este Ministério, para que tenham de ouvir o plano da ciência e da Justiça. A escolha é da Ministra: vai escolher garantir a nossa sobrevivência? De qualquer forma, nós iremos continuar a lutar, pois não podemos desistir da luta pelas nossas vidas”, refere um dos ativistas.