Um bebé, de apenas cinco meses, foi deixado pelos pais biológicos a um casal vizinho, na zona de Lisboa, com um saco de plástico a substituir a fralda e uma mancha debaixo do olho esquerdo, marca de uma queimadura de cigarro que por pouco não o cegou.
Acabaria por ser acompanhado e acolhido pelo Santa Maria, através do Núcleo de Apoio à Criança e Jovens daquela unidade de saúde. O caso foi partilhado numa conferência realizada pelo Hospital no âmbito do mês da prevenção dos maus-tratos na infância.
Nuno, nome fictício do bebé, era filho de um pai toxicodependente e de uma mãe que se ausentava para se prostituir, mas hoje vive com “os seus novos pais, que lhe trocaram o saco de plástico por uma fralda e as queimaduras de beatas de cigarros por amor”, lê-se na publicação da ULS Santa Maria no Facebook.
Criado em 1990, o Núcleo de Santa Maria foi pioneiro em Portugal. Em 2023, foram sinalizadas ao NACJ 258 casos.