De acordo com dados da Pordata, divulgados esta terça-feira, Portugal é o país da União Europeia (UE) que tem a maior proporção de patrões sem instrução ou com o ensino básico, apesar de ter havido uma melhoria ao longo dos últimos anos.
No âmbito do Dia do Trabalhador, que será celebrado a 1 de maio, a Pordata realizou um retrato sobre o mercado do trabalho em Portugal, onde sublinha que, em Portugal quase metade dos trabalhadores por conta própria, como empregadores (44%), têm, no máximo, até ao 9º ano de escolaridade.
Outro dado realçado pelo estudo, indica que, em 2024, os trabalhadores por contra, em Portugal, estavam igualmente distribuídos por nível de escolaridade: 1/3 até ao 9.º ano, 1/3 com ensino secundário e 1/3 com curso superior.
O maior aumento de trabalhadores por nível de ensino, explica a Pordata, nos últimos 10 anos, registou-se nos licenciados (tendo-se registado um aumento de mais 10 pontos percentuais) e a maior diminuição nas pessoas com o 1.º ciclo do ensino básico, ou seja, o 4.º ano (-7 pontos percentuais).
Em 2013, 1,2% dos trabalhadores por conta de outrem não possuíam qualquer ciclo de ensino, 13,3% tinha o primeiro ciclo, 13,8% o segundo ciclo e 22,4% o terceiro ciclo, enquanto 25,7% tinha o ensino secundário e pós-secundário e 23,6% o ensino superior.
No ano passado, em comparação, 0,5% não tinham nenhum ciclo de ensino, 6,3% tinham o primeiro ciclo, 8,9% o segundo ciclo, 18,2% o terceiro ciclo, 33% ensino secundário e pós-secundário e 33,1% o ensino superior.