A Corticeira Amorim registou um lucro de 16,1 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, uma redução de 32,4% face ao período homólogo.
Este resultado reflete a inclusão de custos não recorrentes da implementação no curto prazo de um plano de otimização industrial e aumento dos encargos financeiros. “Os primeiros três meses do ano foram afetados por condições de mercado desfavoráveis. Perante os efeitos negativos da desalavancagem operacional, refletindo uma contração de volumes nos setores onde operamos, e do aumento de preços de consumo de cortiça, os nossos esforços concentraram-se em aumentar a eficiência industrial, melhorar o mix e ganhar quota de mercado”, disse em comunicado, António Rios de Amorim, CEO da empresa, acrescentando que “no segmento de pavimentos, face à ausência de sinais encorajadores do mercado europeu, tornou-se inevitável a implementação, no curto-prazo, de um Plano de Otimização Industrial que visa reduzir as perdas operacionais e aumentar a eficiência da Amorim Cork Flooring”.
Mas confessou que, “num contexto marcado por uma elevada incerteza, pretendemos que 2024 seja um ano positivo para a Corticeira Amorim”.
As vendas consolidadas da Corticeira Amorim caíram 9,7% no mesmo período, para 234,7 milhões de euros, nos primeiros três meses do ano, um valor que foi afetado “pela redução dos volumes de venda”.
A empresa registou ainda uma melhoria da margem EBITDA – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – para 18,6%, “apesar da queda dos volumes e da subida dos preços de cortiça” e contou com uma redução da dívida líquida para 237 milhões de euros.