A REN registou um lucro de 3,7 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma queda de 71,1% face ao mesmo período de 2023. Resultado é fruto sobretudo de menor resultado financeiro, maiores encargos com a contribuição extraordinária sobre o setor energético e uma redução de impostos.
No primeiro trimestre do ano, o EBITDA – lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização – situou-se nos 128,9 milhões de euros (uma descida de 2,3%), “refletindo ligeiro decréscimo da atividade doméstica (-2,6 milhões) como da atividade internacional (-0,5 milhões de euros)”.
A REN adianta ainda que os custos operacionais diminuíram para 42,4 milhões de euros, o que representa uma queda de 1,4%, apesar do aumento do número de colaboradores, de 724 para 759 (+4%), em linha com o crescimento da atividade operacional.
A dívida líquida atingiu os 2.670,4 milhões de euros. Desconsiderando o efeito dos desvios tarifários, a dívida teria diminuído 59,8 milhões de euros, situando-se nos 2.361,4 milhões de euros. O custo médio da dívida aumentou para 2,8% (frente aos 2,42% no mesmo período do ano passado).
O consumo de energia elétrica registou um crescimento homólogo de 1,2%, ou 2,7% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. Neste período, a produção renovável abasteceu 89% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 47%, eólica com 31%, fotovoltaica com 6% e biomassa com 5%.
A produção a gás natural abasteceu 11% do consumo, tendo o saldo de trocas com o estrangeiro sido exportador. Em termos de consumo de gás, houve uma redução de 10% no trimestre, tratando-se do consumo mais baixo desde 2014, fruto de uma contração de 43% no segmento de produção de energia elétrica. No segmento convencional registou-se um aumento de 6% no trimestre.