Ativistas que ocuparam Universidade de Lisboa denunciam violência policial e falam em oito detenções

Os oito detidos estão na esquadra dos Olivais e apenas serão presentes a um juiz no sábado.

A porta-voz do movimento estudantil que se encontra a acampar na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa afirmou, esta sexta-feira, que a Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve oito pessoas envolvidas no protesto.

Catarina Bio indicou que a PSP entrou no local pelas 22h00 e obrigou algumas pessoas “a sair” e deteve outras oito que foram “algemadas e levadas pela polícia”.

A PSP, que horas antes do sucedido, tinha confirmado a existência de um dispositivo policial no local, afirmou, citada pela agência Lusa, não haver “nada a comentar”.

Outra porta-voz da ocupação explica que, no momento em que a PSP retirou as pessoas do local da ocupação, por um dos portões laterais da faculdade, uma manifestação de apoio, que se encontrava em frente ao edifício, logo se moveu para esse portão.

Joana Fraga, que exige “um cessar-fogo imediato e incondicional em Gaza e o fim ao fóssil até 2030”, explicou: “À nossa chegada, houve bastante violência policial. Falo de fortes empurrões e bastonadas, deixando inclusivamente pais de estudantes, que se encontravam a apoiar o protesto, no chão”.

A representante referiu também, que os oito detidos estão na esquadra dos Olivais e irão passar a noite “noutro local”, sendo que apenas “serão presentes a juiz” no sábado.

A ocupação da Faculdade de Psicologia, que foi inspirada pelos protestos que estão a ocorrer em diversas faculdades dos Estados Unidos da América (EUA), está a decorrer desde a passada terça-feira.

A direção escolar já referiu anteriormente que, até quinta-feira, “todas as aulas têm acontecido com normalidade”.