A tragédia que se abateu no Rio Grande do Sul vai provocar gastos extraordinários de grande monta ao setor público. A inundação destruiu pontes, estradas, hospitais e casas, que precisam de reconstrução imediata. A agricultura e a pecuária, fortes na área, sofreram muito. A carne e o arroz devem ter subida de preços, pois parte do abastecimento nacional provém do Sul. Arroz, então, é quase todo.
A situação que já não era boa, com os gastos descontrolados, tende a gerar aumento da dívida pública, da inflação e da taxa de juros. Em ano eleitoral e nos municípios de todo o país.
Outros problemas preocupam o governo. A importação de automóveis da China aumentou muito no primeiro trimestre e as vendas já representam 7% do mercado. O setor produtivo sofre com as greves nas finanças, no meio ambiente, com reflexos na atividade económica. E nas universidades que vão para o terceiro mês paradas. Lula da Silva já declarou que, sendo fruto de greves, fica constrangido de coibir os movimentos.
VARIEDADES
• Polarização no Brasil é total. Os analistas da mídia económica estão atentos a criticar o esforço argentino para superar a crise e a desmerecer o enfoque liberal. E a Argentina é o terceiro parceiro comercial do Brasil.
• O Governo tem privilegiado as compras pelo Brasil de produtos russos. Nos últimos 12 meses foram mais de 15 bilhões de dólares entre fertilizantes e diesel.
• O escritor Antonio Risério, negro, defende a tese de que, se alguém deve desculpas pela escravidão, são os chefes de tribos africanas que prendiam e vendiam seus irmãos. A escravatura antecede a era Cristã. A polémica gerada pelo Presidente de Portugal ainda é assunto.
• O aeroporto Galeão, do Rio é operado pela Changi-Singapura, é o quarto em carga aérea. Guarulhos e Viracopos, em São Paulo e Manaus, são os mais movimentados. Mas o Rio vem ganhando em produtividade e este ano deve ficar com 15% da carga aérea, movimentando 12 bilhões de dólares no ano.
• O show de Madonna no Rio trouxe mais de 200 toneladas de equipamentos e a comitiva ocupou 90 apartamentos no Copacabana Palace. Foi um espetáculo inesquecível.
• Romário, que é senador, aos 58 anos, vai voltar aos gramados pelo América, do Rio, que comprou. Já está habilitado na liga.
• O Grupo Casino, que controla a rede Pão de Açúcar no Brasil, está vendendo ativos para diminuir seu endividamento internacional. A sede da empresa em São Paulo foi vendida e agora são 40 postos de combustíveis anexos a algumas lojas que estão sendo oferecidos com um valor total de 80 milhões de euros.
• Semanas antes de completar cem anos, faleceu em São Paulo o construtor e arquiteto Adolpho Lindenberg, cujos traços se constituem na maior grife imobiliária do Brasil. Seus prédios neoclássicos marcaram época na cidade e são valorizados no mercado de revenda. A marca da empresa que fundou há 70 anos: ‘Clientes são amigos e colaboradores, família’.
• O prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou que a cidade pode voltar a ter uma Bolsa de Valores, como teve entre 1820 e 1989. O empreendimento contará com apoio do Fundo Mubadala, dos Emirados Árabes.
Jornalista