Vitória histórica de Ogier no Rali de Portugal

Sébastien Ogier (Toyota Yaris) venceu pela sexta vez o Rali de Portugal e tornou-se o rei das estradas portuguesas.

A última etapa do Rali de Portugal foi bastante mais calma do que as anteriores e confirmou Ogier como o novo recordista, com triunfos nas edições de 2010, 2011, 2013, 2014, 2017 e 2024, quatro marcas diferentes: Citroën, Volkswagen, Ford e Toyota. Caiu o recorde de 1987, que pertencia a Markku Alen com cinco vitórias.

A prova foi bastante disputada nas duas primeiras etapas, com cinco pilotos a passarem pelo comando. Ogier foi o piloto que venceu mais classificativas (6) e liderou da 13.ª à 22.ª e última classificativa, enquanto os seus colegas iam ficando pelo caminho. O bicampeão do mundo Kalle Rovanpera capotou e deixou o Toyota Yaris abraçado a uma árvore, Takamoto Katsuta partiu a suspensão traseira e Elfyn Evans foi-se atrasando com uma sucessão de erros. 

No derradeiro dia de prova, Ogier controlou o andamento dos pilotos da Hyundai Ott Tänak e Thierry Neuville e garantiu a 60.ª vitória no Mundial de ralis. “Estou muito feliz, é um momento especial. Finalmente a história veio ao meu encontro, mas tenho um enorme respeito pelo Markku Alen, que é uma lenda. Estivemos empatados vários anos. É um número giro, seis vitórias…”, disse o francês, que adiantou “foi um ótimo fim de semana para mim, mas não foi fantástico para a equipa”, sublinhou. Ott Tänak realizou a melhor exibição da época e terminou a 7,9s do vencedor “foi uma prova exigente. Tentei fazer o melhor, mas como não estava totalmente confortável com o carro, isso refletiu-se no resultado”, afirmou o piloto do i20 Rally 1. Com o terceiro lugar e vitória na Power Stage, Thierry Neuville aumentou a vantagem para os adversários no Mundial de pilotos. “Sabíamos que não ia ser um fim-de-semana fácil, mas tivemos um rali isento de problemas. Ataquei o máximo que pude. Obrigado à equipa por ter dado um carro fiável”, disse o piloto da Hyundai. Neuville aumentou para 24 pontos a vantagem sobre Elfyn Evans no campeonato de pilotos. Uma vez mais, o novo sistema de pontuação da FIA voltou a mostrar-se desajustado, pois o segundo classificado (Tänak) recebeu 26 pontos e o vencedor do rali (Ogier) 25 pontos. Entre os construtores, a Hyundai passou para a frente da Toyota, essa troca de posições explicou a festa contida do staff da marca japonesa.

Entre os pilotos nacionais, Armindo Araújo (Skoda Fabia RS) foi pela 13.ª vez o melhor português, no 17.º posto e 11.º na categoria Rally2, onde o melhor foi Nikolay Gryazin (Citroën C3).

Classificação final:

1.º Sébastien Ogier (Toyota GR Yaris Rally1), 3h41m32,3s 

2.º Ott Tänak (Hyundai i20 N Rally1), a 7,9s        

3.º Thierry Neuville (Hyundai i20 N Rally1), a   1m09,8s

4.º Adrien Fourmaux (Ford Puma Rally1), a 1m47,8s

5.º Dani Sordo (Hyundai i20 N Rally), a 2m48,9s

17.º Armindo Araújo (Skoda Fabia RS), 23m13,1s