Na região de Lisboa e Vale do Tejo, um em cada quatro utentes não tem médico de família, segundo dados, correspondentes a 2023, da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), divulgados esta segunda-feira.
“Continua a observar-se uma tendência de diminuição na percentagem de utentes com médico de família atribuído, e grandes heterogeneidades a nível regional, com impacto nos indicadores de acesso aos cuidados de saúde prestados nas unidades de cuidados de saúde primários (CSP)”, adianta a ERS.
A monitorização sobre acesso aos Cuidados de Saúde Primários indica que, no último ano, 24,6% dos utentes inscritos em Lisboa e Vale do Tejo não tinham um médico de família atribuído, percentagem que aumentou face aos 18,2% de 2021 e 19,2% de 2022.
O Algarve é a segunda região de Portugal continental com mais pessoas sem acesso a um médico de família, um cenário que tem vindo a piorar nos últimos três anos.
Mas é no Alentejo que se verificou o maior o maior aumento percentual de pessoas sem médico de família, passando dos 9,4% em 2021 para os 17,3% em 2023.
No Centro, a percentagem passou dos 6% em 2021 para os 12,6% em 2023.
Por outro lado, a região Norte destaca-se pela positiva, com apenas 2,3% dos utentes inscritos nos centros de saúde a não terem médico de família em 2023, um ligeiro crescimento face aos 1,9% de 2021 e de 2,2% de 2022.
No total, no final de 2023, 83,5% dos utentes dos Centros de Saúde tinham médico de família atribuído em Portugal continental.