O Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, admitiu, à margem de uma visita à obra de reconversão do antigo Matadouro de Campanhã, que existe “um fortíssimo” sentimento de insegurança na população, que está relacionado com a toxicodependência.
O autarca entende que é necessário reforçar o efetivo policial na cidade: “Em termos de proteção e segurança, não podemos fazer coisa nenhuma a não ser ajudar a polícia em tudo o que nos é solicitado e têmo-lo feito”.
Uma notícia, avançada pelo Jornal de Notícias, esta quinta-feira, referia que o tráfico e consumo de droga retomaram, “em força” à zona da Sé do Porto, no centro histórico da cidade, estando atualmente montada uma “sala de chuto” num dos pátios do antigo mercado de S. Sebastião.
Para Rui Moreira isto é constitui uma preocupação, motivo pelo qual recebeu, na quarta-feira à tarde, a associação de moradores do Pinheiro Manso, na zona de Ramalde, que estão igualmente preocupados com a segurança naquela zona.
“Se fosse apenas na cidade do Porto, a situação era relativamente fácil de resolver, o problema da insegurança não é apenas da cidade do Porto, é um problema europeu e nacional. Lisboa está com os mesmos problemas. Estamos neste momento com um fortíssimo problema que é o sentimento das pessoas de insegurança”, afirmou.
O autarca reconhece que a população do Porto gostaria que “pudesse tomar outras iniciativas”, contudo, explica Rui Moreira, o município apenas pode colaborar com a Polícia de Segurança Pública (PSP) e alertar para a necessidade da visibilidade da polícia, recordando a conferência de imprensa que realizou há cerca de uma semana com o seu homólogo de Lisboa, Carlos Moedas.
O presidente da Câmara Municipal do Porto disse que “para já”, ainda não recebeu nenhuma resposta do Governo, porém, não esta interessado em “audições com o Governo, para dizerem que estão a pensar no assunto”, mas ver concretizadas “soluções objetivas”, como o reforço policial.
“Sabemos o que não temos e precisamos de ter”, disse Rui Moreira, que continua a “insistir que há parte da legislação que não consigo entender e, relativamente à droga, é preciso escolher, ou se quer uma legalização plena, ou então é preciso combater o tráfico. A situação atual é um paraíso para os traficantes”.