O mais recente relatório do Observatório do Afogamento da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores (FEPONS) revelou, esta sexta-feira, que morreram, nos primeiros quatro meses do ano, quarenta e nove pessoas afogadas, em Portugal Continental.
A entidade revela, em comunicado, que o afogamento em Portugal encontra-se a bater recordes, sendo que, estas 49 mortes até 30 de abril representam o valor mais alto, desde 2017, relativamente ao período homólogo. Em 2023 foram registadas 43 mortes e em 2022 38.
Abril deste ano foi ainda o pior mês, em termos de registos realizados pelo observatório, de todos os meses, desde janiero de 2017.
No mês passado foram registadas 26 mortes por afogamento, sendo que em abril de 2023 morreram 16 pessoas e, no mesmo período em 2022, 14 pessoas.
A FEPONS sublinha, relativamente ao primeiro trimestre do ano, que 60,9% dos afogamentos ocorreram da parte da manhã, sendo que a maioria destes foram registados no mar (21), seguindo-se em rio (16), em poço (seis), em vala, em barragem, em lagos e em fossa.
O relatório precisa, que nestes primeiros três meses do ano, mais de metade das pessoas que morreram por afogamento eram homens (69,5%) e tinham entre 70 e 74 anos (21,7%).
Maior parte dos afogamentos deram-se durante banhos de mar, em lazer, atividades de parapente, por quedas de pessoas e viaturas à água, e causas desconhecidas.
100% destes afogamentos, destaca a entidade, ocorreram em locais não vigiados e não presenciados.
Quanto à distribuição geográfica, 21,7% dos casos aconteceram no distrito de Porto, 13% em Coimbra e Lisboa, 8,7% em Aveiro, Setúbal, Viana do Castelo e Madeira, 4,3% nos Açores, Braga, Leiria e Santarém.