Taylor Swift. O concerto que fez parar o país

Foram dois concertos – no dia 24 e 25 – que cortaram algumas estradas da capital, aumentaram os voos para Portugal, esgotaram hotéis e levaram milhares de fãs à loucura. Foi a primeira vez que Taylor Swift atuou em Portugal. Chamam-lhe fenómeno e, quem esteve presente no Estádio da Luz a assistir ao The Eras…

Talvez não seja justo chamar-lhe apenas «concerto», já que The Eras Tour é a digressão mais rentável de sempre – tornou-se a primeira a bater a marca dos mil milhões de dólares de receita. E a verdade é que há anos que nenhum artista fazia parar assim o país.

São 17 horas. As filas para os bilhetes de metro vão de uma ponta a outra da estação de Santa Apolónia. Veem-se pessoas de todas as partes do mundo, de todas as idades, cada uma mais brilhante que a outra. São as chamadas swifties – a legião de fãs que vibra por Taylor Swift. Foram semanas de preparação e o objetivo é chegar ao Estádio da Luz o mais depressa possível para aquele que será o primeiro concerto da cantora em Portugal. Ao chegar ao estádio, a multidão que o circunda dá-nos uma pista do ambiente que vai ser vivido daqui a poucas horas. Há quem aqui esteja acampado há um dia para conseguir apanhar os melhores lugares.

O espetáculo começa com a atuação do grupo americano Paramore que prepara o público para o que vem a seguir. A vocalista, Hayley Williams, parece minúscula no meio do enorme palco montado no meio do estádio. Mas a sua energia é contagiante. O público salta, canta as músicas e surpreende a banda com a sua receção. «É uma honra estar a preparar-vos para a melhor noite da vossa vida», afirmou.

Pouco depois das 20 horas chega o momento mais esperado. Um cronómetro faz a contagem decrescente e Taylor Swift surge no meio daquilo que parecem asas de borboleta esvoaçantes. Não foi preciso muito até que a estrela se apaixonasse pelo público português que a recebeu em êxtase. Vê-se fãs a chorar, outros de mãos dadas a saltar, crianças às cavalitas dos pais a cantar. «Lisboa, eu e vocês estamos prestes a entrar numa grande aventura», promete às 60 mil pessoas presentes que também foram surpreendidas pelo português da artista norte-americana. «Olá! Muito muito obrigada. Como estão?», interroga, acrescentando já em inglês que devia ter vindo a Portugal em todas as Tours. «É um erro que nunca mais vou cometer. Viremos sempre ver-vos», afirma. E o concerto segue passando pelas 10 Eras da  carreira da cantora que muda de roupa em casa momento. Foram mais de três horas e 40 músicas.

Os cenários são imponentes, tal como o ecrã que permite ver todos os detalhes de mais perto, independentemente do lugar em que estejamos. Em todas as músicas parece que assistimos a um videoclipe rigorosamente trabalhado e treinado. Taylor parece ter os seus movimentos bem estudados, ao mesmo tempo que torna tudo bastante natural.

Sentada ao piano, com um vestido leve branco que nos remete para um mundo de fantasia, a artista canta Champagne Problems.

No fim, uma ovação de quatro minutos «Nunca na minha vida vou esquecer este momento em Lisboa», afirma. De repente, todas as luzes se ligam para que possa ver a multidão que a aplaude.

«Obrigada», acrescenta, mais uma vez em português, com as mãos na cabeça. E o concerto continua, ficando marcado por vários momentos especiais. Na música 22 a artista – como já é hábito – oferece o seu chapéu a uma fã que, em lágrimas, lhe dá em troca uma pulseira da amizade. Além disso, muitos escolheram este momento para pedir as namoradas em casamento.

A verdade é que, sendo fã ou não, não há como lhe tirar o mérito. O ambiente arrepia. E Taylor já deu mais que provas que ficará para a história.