Portugal assina carta conjunta a pedir negociações de adesão da Ucrânia e Moldávia à UE

Paulo Rangel assina a missiva em conjunto com os seus homólogos da Alemanha, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Finlândia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Roménia e Suécia.

Portugal juntou-se esta quarta-feira a mais 11 Estados-membros numa carta conjunta à presidência semestral belga da União Europeia que apela à convocação, em junho, da Conferência Intergovernamental para negociar as adesões da Ucrânia e da Moldávia.

“Apelamos conjuntamente à adoção dos quadros de negociação para a Ucrânia e a Moldávia pelo Conselho dos Assuntos Gerais, o mais tardar em junho, a fim de convocar conferências intergovernamentais com ambos os países até ao final de junho de 2024”, escreve o ministro dos Negócios Estrangeiros. 

Paulo Rangel assina a missiva em conjunto com os seus homólogos da Alemanha, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Finlândia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Roménia e Suécia.

Os ministros dos 12 Estados-membros consideram que “a abertura das negociações de adesão traria uma motivação adicional tanto para a Ucrânia como para a Moldávia”, considerando “a terrível situação no terreno na Ucrânia e a proximidade das eleições presidenciais e do referendo sobre a UE na Moldávia”.

Os signatários, citados pela agência Lusa, defendem ainda que os dois países candidatos a aderir ao bloco europeu demonstraram já resultados nos esforços de reforma, pelo que consideram ter chegado “o momento de avançar”.

A próxima reunião do Conselho de ministros dos Assuntos Gerais da UE está marcada para dia 18 e a presidência rotativa belga termina em 30 de junho, seguindo-se a da Hungria, no segundo semestre do ano.

Kiev apresentou formalmente o pedido de adesão à UE em 28 de fevereiro de 2022 e Quichinau em 3 de março de 2022. Ambos têm estatuto de país candidato desde 23 de junho daquele ano. A abertura das negociações de adesão foi aprovada pelo Conselho Europeu em dezembro de 2023.