O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia prometeu mais apoio ao Burkina Faso no combate a grupos terroristas, numa visita rápida à África Ocidental, numa tentativa de substituir os parceiros ocidentais tradicionais da região.
Sergey Lavrov falava em Ouagadougou, durante a terceira etapa da sua última viagem a África, depois das passagens pela Guiné e República do Congo. A Rússia está a tentar reforçar o apoio da região, depois de vários países africanos expressarem nos últimos anos uma crescente frustração com os seus parceiros ocidentais tradicionais, como a França e os EUA.
«Instrutores russos têm trabalhado aqui e o seu número irá aumentar», disse Lavrov, acrescentando que a Rússia tem ajudado a treinar militares e polícias do Burkina Faso. «Fornecemos e continuaremos a fornecer equipamento militar para ajudar a fortalecer a capacidade de defesa do Burkina Faso e permitir-lhe eliminar grupos terroristas».
Violência extremista
O Burkina Faso, uma nação sem litoral de 20 milhões de habitantes, foi devastada nos últimos oito anos pela violência de grupos extremistas vagamente afiliados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico, e pelos combates entre as forças governamentais e insurgentes.
O país também passou por dois golpes de Estado em apenas 10 meses, o segundo no ano passado, após o qual uma junta militar expulsou as forças francesas e recorreu à Rússia em busca de apoio e de segurança.