A 48 horas das eleições europeias, eis algumas das perguntas que este sufrágio suscita, um guião de questionário amplo mas pertinente, quer do ponto de vista europeu quer do ponto de vista nacional.
- O que é que está em causa nas eleições europeias de 2024?
- É acertado dizer-se que são as eleições mais importantes desde 1979, data em que se realizou o o primeiro sufrágio para Estrasburgo?
- Que Europa vai sair destas eleições: mais federal ou mais nacionalista?
- Há 2 anos que a Europa tem uma guerra na fronteira leste. A defesa e a segurança da Europa é a questão central nesta eleição?
- O resultado das eleições dará indicações sobre o maior ou menor envolvimento da Europa no esforço da guerra na Ucrânia?
- Deve a Europa assumir uma posição consensual sobre a utilização das armas que os aliados fornecem à Ucrânia, autorizando a utilização desse armamento em solo Russo, ou seja numa vertente ofensiva e não apenas defensiva?
- Deve a Europa acompanhar a posição da presidência francesa no sentido de ponderar o envio de militares europeus para a Ucrânia?
- Na frente externa, alguns países europeus, entre os quais a Espanha, a Irlanda e a Noruega, reconheceram oficialmente o Estado Palestiniano. Deve esta posição ser seguida pelos restantes países membros da União?
- O dossiê que mais divide os países europeus e que interpela a Europa na sua politica securitária mas também nos valores dos direitos humanos e solidariedade é o tema das migrações e asilo. O Pacto das Migrações e Asilo foi aprovado há cerca de 2 meses no Parlamento Europeu mas há países que defendem o endurecimento das políticas migratórias se a extrema direita ganhar mais força em Estrasburgo…A acontecer um crescimento da extrema direita, como deve a Europa encarar o problema dos fluxos migratórios?
- Que extrema-direita vai sair destas eleições… uma direita mais moderada como a Italiana de Giorgia Meloni ou mais radical como a direita francesa de Marine Le Pen?
- É de admitir que estas duas famílias da extrema direita europeia se unam – Identidade e Democracia e Conservadores e Reformistas – e possam ultrapassar ou igualar em número de eurodeputados o Partido Popular Europeu?
- Como vai a Europa retomar a via do crescimento económico depois de anos marcados pela crise das dívidas soberanas, recessão efetiva ou técnica, pandemia e uma tenaz constituída por dois blocos económicos: EUA e China?
- Em Portugal, que tipo de leituras nacionais deverão ser feitas deste sufrágio europeu?
- Irá ser confirmada a maioria de direita que resultou das eleições de março?
- Nestas eleições europeias, Chega e Iniciativa Liberal deverão eleger pela primeira vez para o Parlamento de Estrasburgo. É de admitir que estes partidos obtenham resultados semelhantes aos obtidos em março?
- Um primeiro lugar para a AD significa a confirmação da vitória de março?
- Pedro Nuno Santos precisa de una vitória para prosseguir a sua confirmação como líder do PS?
- Os resultados destas eleições irão refletir alguma avaliação do eleitorado pelos 2 meses de governação da AD?
- Justifica-se falar em voto de protesto nestas eleições, considerando que o Governo só começou a mostrar trabalho há um mês?
- A escolha dos cabeças de lista foi determinante para o resultado das eleições?