A guarda costeira italiana elevou esta sexta-feira para 34 o número de migrantes mortos no naufrágio de um barco à vela sobrelotado, no mar Jónico, a cerca de 220 quilómetros da costa da Calábria. O anúncio vem na sequência da recuperação de mais 14 cadáveres.
“Nas últimas horas, prosseguiram os esforços do pessoal e dos veículos da guarda costeira envolvidos nas operações de busca”, declarou o organismo em comunicado, citado pela agência Lusa. A nota acrescenta um novo balanço de 34 vítimas mortais no incidente.
As autoridades italianas enviaram para a zona os navios da guarda costeira Dattilo e Corsi, sob cuja coordenação está também a operar o navio Diciotti, bem como dois aviões, um ATR-42 Manta e um P72 da Marinha.
Na segunda-feira, as autoridades tinham comunicado o resgate com vida de 12 migrantes que seguiam a bordo daquela embarcação, que terá partido da Turquia. Segundo os Médicos Sem Fronteiras (MSF), os sobreviventes indicaram a existência de mais de 65 desaparecidos no naufrágio.
O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) afirmaram durante o dia que, a confirmarem-se estes números, serão já mais de 800 os migrantes e refugiados mortos desde o início deste ano no Mediterrâneo central.
O número representa uma média de quase cinco vítimas por dia. A OIM indica que desde 1 de janeiro, cerca de 1.020 pessoas morreram ou desapareceram nas águas do mar Mediterrâneo.