Se há publicidade milionária é a que passa no intervalo do Super Bowl – o maior evento desportivo do ano nos Estados Unidos. A transmissão do Super Bowl atinge uma média de 100 milhões de telespetadores todos os anos – e um anúncio de 30 segundos vale sete milhões de dólares (cerca de 6,5 milhões de euros). Este foi o valor cobrado este ano e que contou com a presença da Toyota ou da Microsoft, entre muitas outras, e que ficou bem longe dos 2,4 milhões cobrados há 20 anos.
Mas o valor investido em publicidade não se limita apenas a este evento. E, cada vez mais, o digital vai ganhando terreno um pouco por todo o mundo, principalmente com a “invasão” das redes sociais. Aliás, a partir de outubro, a Meta vai lançar para o Facebook e Instagram uma subscrição paga e livre de anúncios, seguindo o exemplo do que já se verifica no Twitter, YouTube, Netflix, entre muitos outros. Caso contrário, terá de continuar a utilizar as duas redes sociais com anúncios.
O que esperar deste mercado?
O mercado global publicitário deverá crescer 10% este ano, em termos homólogos, para 927 mil milhões de dólares (855 mil milhões de euros), de acordo com as conclusões do relatório de junho do grupo IPG Mediabrands, impulsionado pela estabilidade da economia e o seu desenvolvimento mais forte em mercados como a Espanha (14%), Índia e Reino Unido (ambos com 12%), França e EUA (ambos com 11%)”.
Já a Alemanha e a China “enfrentam um abrandamento económico com impacto no ritmo de crescimento publicitário mais lento (8%)”, enquanto nos EUA, o mercado publicitário deverá crescer “cerca de 10,7% este ano, para um máximo histórico de 374 mil milhões de dólares [345 mil milhões de euros]”.
De acordo com o mesmo estudo, este aumento beneficia “desproporcionalmente os ‘players’ digitais puros (+13,5%) para 263 mil milhões de dólares [242 mil milhões de euros], com as receitas de publicidade nos segmentos de ‘search’ e ‘trade’ a crescer 13%, e aumentos de 16% em social media e vídeos de curto formato para as redes sociais”.