Desde a sua Independência a 14 de aio de 1948, o dia do Yom Ha’atzmaut Celebration em que David Ben Gurion declarou o fim do Mandato Britânico da Palestina e declarou o Estado de Israel, o país viveu diversos episódios de extrema violência, em que só a sua enorme unidade, resiliência e tenacidade permitiram que se mantivesse como Nação.
Rodeado de países com uma história recorrente de povos com evidente hostilidade e rancor, Israel sobreviveu vencendo sucessivas guerras. A primeira quando o Egito, a Transjordânia (atual Jordânia), a Síria, o Iraque e o Líbano lhe declararam guerra logo a seguir à independência, e em que estendeu o seu território ao Negev. A segunda em 1956, quando da crise do Canal do Suez. Em 1967 foi a Guerra dos Seis Dias, em que Israel ocupou a Península do Sinai, a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. Em 1973 a Guerra do Yom Kippur. Entre 1982 e 1985 Israel invadiu o Sul do Líbano para destruir as bases da OLP aí instaladas. Em 2006 foi o Hezbollah a atacar o Norte de Israel. Isto para só referir os maiores conflitos militares, quando quase permanentes foram as escaramuças fronteiriças e os ataques terroristas bombistas no seu território.
Em solo israelita e não só já que todos nos recordamos dos Jogos Olímpicos de 1972 em Munique, quando oito terroristas do setembro Negro se infiltraram na Aldeia Olímpica matando 2 atletas de Israel e fazendo outros 9 reféns, a que se juntou um banho de sangue na fracassada tentativa da Polícia Alemã de impedir a sua fuga já no aeroporto, de que resultaram 17 mortos, 11 dos quais atletas judeus.
Este trágico episódio torna ainda mais asqueroso que a France Insoumise, parceiros do Bloco de Esquerda, tenha dito esta semana que os atletas israelitas não são bem-vindos aos Jogos de Paris que hoje começam!!!!
Até que chegou o fatídico dia 7 de outubro passado, quando o Hamas atacou matando 1200 israelitas e fez 240 reféns, ao que Israel respondeu com a invasão da Faixa de Gaza a que assistimos quotidianamente.
Esta nova Guerra em plena era da Internet e das Redes Sociais levou a que muitos considerem que Israel viva o que será, talvez, o período mais perigoso da sua História. Com a crise dos reféns, dissolveu-se a necessária unidade nacional.
Aproveitando a liberdade oferecida pelas Democracias, as extremas-esquerdas soltaram todo o seu antissemitismo, veja-se o que se passa nos campus universitários dos dois lados do Atlântico. A maioria da comunicação social ocidental, como sabemos dominada por uma esquerda dita bem-pensante, alinha neste coro: veja-se como apoia uma Nova Frente Popular em França, liderada por um trotskista como Mélenchon, que não esconde o seu antissemitismo!
Repare-se como Governos Europeus de Esquerda, como o de Espanha ou da Noruega, mesmo de Direita, como o Irlandês, ou Liberais, como a Bélgica, se manifestam hoje abertamente contra Israel e pedem que sejam instituídas sanções da União Europeia. O Parlamento Europeu mantém uma posição cada vez mais acirrada contra o Estado Hebreu.
Uma luz no fundo do túnel vem de Washington. A Administração Democrata tem sido crucial no apoio a Israel, quando dos ataques recentes de drones do Irão ou dos Houthis do Yemen. Mas uma vitória Republicana em novembro poderá tornar-se decisiva para um ainda maior apoio ao Estado Judaico.
Donald Trump foi, no seu mandato, um dos mais fervorosos apoiantes de Israel entre os Presidentes dos Estados Unidos da América. Recordemos, por exemplo, que é dele a decisão de reconhecer Jerusalém como a capital do Estado, bem como a integração dos Montes Golan conquistados à Síria em 1967.
O antissemitismo é, no fundo, uma forma de racismo e, como tal, deve ser inexorável e veementemente denunciado e combatido!