A primeira semana de prova foi particularmente difícil com a realização de algumas das etapas de montanha mais duras da prova. O suíço Colin Stüssi, vencedor da edição de 2023, entrou ao ataque e foi o primeiro a chegar ao Observatório de Vila Nova, mas na subida para a Torre, com os últimos 20 km de categoria especial, o jovem Afonso Eulálio chegou no grupo de frente e passou a vestir de amarelo. Na paragem para descanso, na Guarda, o ciclista português tem uma vantagem de 16 segundos sobre Stüssi e 26 segundos para Jon Agirre. Com diferenças tão apertadas e seis etapas por disputar, ninguém arrisca um nome para vencer a Volta a Portugal.
O ciclista de 22 anos da ABTF Betão – Feirense contou com o apoio da sua equipa nos momentos dificeis das etapas de montanha e terminou com o domínio dos corredores estrangeiros na edição deste ano. “É uma sensação única vestir a camisola amarela. Vou mantê-la mais um dia, depois vamos ver, a diferença é muito curta”, reconheceu. O líder da Volta sabe que as próximas etapas vão ser decisivas. “Estou muito perto do António Carvalho [colega de equipa], somos dois no top 10 e vamos jogar com isso na última semana e ver se o Stüssi vai fracassar, dado que tem estado muito forte”. Depois do dia de descanso, os corredores voltam hoje à estrada para disputar a segunda semana, onde não vão ter descanso. A caravana vai disputar seis etapas, destacando-se a subida à Senhora da Graça, na penúltima etapa, o contrarrelógio individual (26,6 km), em Viseu, que encerra a 85.ª edição da Volta a Portugal, e que decidir o vencedor da prova. A quinta etapa ficou também marcada pela desistência de Maurício Moreira, vencedor em 2022, que desmaiou e teve de ser transportado para o hospital, mas já recuperou.