A Polícia Judiciária (PJ) informou, este domingo, que deteve dois homens, suspeitos de tentativa de homicídio e outros crimes violentos, contra elementos de grupos rivais no Algarve, com recurso a arma branca e arma de fogo.
Em comunicado, a autoridade policial explica que ambos os detidos, com 22 e 27 anos, são suspeitos da prática de três crimes de homicídio na forma tentada, dois crimes de sequestro, três crimes de roubo agravado, um crime de detenção de arma proibida e um crime de ameaça agravada.
Aos dois homens foram aplicadas medidas de coação de prisão preventiva depois do primeiro interrogatório judicial.
Os crimes, explica a PJ, remetem a julho e agosto, deste ano, em Faro e Loulé, “numa escalada de violência extrema, que acabou por gerar um sentimento de intranquilidade na população”.
A força policial indica que os crimes terão “ocorrido na sua maioria entre elementos dos grupos rivais que os agora detidos integravam”, tendo por base “a tentativa de domínio de território para a prática de tráfico de estupefacientes”.
A “escalada de violência” registou-se no início de junho, no centro da cidade de Faro, quando, a meio do dia, “um dos detidos efetuou disparos de arma de fogo, visando um elemento de um grupo rival, sem que o tenha atingido”.
Mais tarde, a 1 de julho, os detidos, que agiam em coautoria “”sequestraram um homem, retirando-o do interior da sua residência, em Quarteira, Loulé, e transportaram-no para local ermo”, onde lhe retiraram os bens pessoais, o agrediram com uma faca e alvejaram com um tiro de arma de fogo.
A vítima, que acabou por fugir, teve de receber assistência médica.
No mês seguinte, já na cidade de Faro, os dois homem “serão os autores de várias ocorrências com recurso a arma branca e arma de fogo”, como roubos com ameaças de morte e agressões, “cujas vítimas necessitaram de assistência hospitalar”, explica a PJ.
“Duas das situações aconteceram na sequência de altercação entre ambos os detidos, tendo um deles necessitado também de assistência hospitalar, inclusive de internamento”, acrescenta a autoridade policial.