Terminaram os Jogos Olímpicos de Verão. De 26 de julho a 11 de agosto, Paris recebeu a festa maior do desporto. No álbum de fotografias, ficam recordes, regressos, estreias e polémicas. Imagens que valem muitas histórias, de superação e resiliência, de euforia e desilusão. Já no medalheiro fica registada a melhor participação portuguesa de sempre nas Olimpíadas, com quatro medalhas, uma delas de ouro, e 14 diplomas olímpicos. No topo, os EUA, com 126 medalhas, seguido pela China, com 91 (ambos com 40 de ouro) e pelo Japão, que fechou este pódio com 45 medalhas (20 de ouro).
Celebridades na cidade da luz. De Ariana Grande a Anna Wintour
A cantora Ariana Grande e Anna Wintour, editora da revista Vogue, foram alguns dos nomes famosos que marcaram presença no “tapete vermelho” da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
O regresso de Céline Dion. O show de Paris
A cerimónia de abertura foi um grande espetáculo de luz e som. Quatro ano depois, Céline Dion voltou a atuar em público e, na Torre Eiffel, encantou tudo e todos a cantar Édith Piaf. Foi o primeiro grande show destes Jogos Olímpicos de verão.
Snoop Dogg. A chama olímpica
O rapper norte-americano foi uma das sensações dos jogos. Teve o privilégio de transportar a chama olímpica e fechou um negócio com a NBC para comentar e criar momentos de diversão a troco de 457 mil euros por dia, o que no final dos JO deu 7,4 milhões de euros!
Rio Sena. Águas perigosas
Apesar de terem sido gastos 1,4 mil milhões de euros na despoluição do rio Sena, nadar nesse local foi um risco para a saúde dos atletas. A belga Claire Michel foi hospitalizada com uma infeção provocada pela bactéria E-coli e os triatletas Vasco Vilaça e Melanie Santos adoeceram.
Léon Marchand. Tubarão francês
É a grande estrela de Paris 2024 com quatro medalhas de ouro e quatro recordes olímpicos, pulverizando os tempos de Michael Phelps. O francês de 22 anos tornou-se um fenómeno da natação mundial e já ganhou 320 mil euros com as vitórias individuais.
Pan Zhanle. Recorde de ouro
No espaço de cinco meses, o chinês Pan Zhanle bateu duas vezes o recorde do mundo de 100 m livres. A impressionante vitória nos jogos de Paris deu-lhe a primeira medalha de ouro olímpica, aos 19 anos.
O preparador físico de Zhanle é o português Nuno Pina.
Simone Biles. Regresso com estilo
A ginasta regressou aos Jogos Olímpicos para ganhar três medalhas de ouro com exercícios únicos e espetaculares. Falhou na trave e no solo e perdeu a possibilidade de chegar às nove medalhas de ouro. Com 27 anos, dificilmente conseguirá esse objetivo em Los Angeles 2028.
Rebeca Andrade. A confirmação
A brasileira confirmou em Paris 2024 que é das melhores ginastas do mundo. Fez provas de grande nível e derrotou Simone Biles nos exercícios no solo, a sua grande especialidade. Rebeca é já considerada a maior atleta do Brasil com seis medalhas conquistadas em duas Olimpíadas.
Gabriel Medina. Bronze para a história
Gabriel Medina é conhecido no circuito mundial de surf pelas suas espetaculares e explosivas manobras aéreas. No tubos de Teahupo’o, um dos melhores spots do mundo, o brasileiro ficou com a medalha de bronze e foi protagonista da melhor fotografia dos Jogos Olímpicos.
Patrícia Sampaio. Agarrada à medalha
As expectativas no judo estavam muito altas, mas apenas Patrícia Sampaio conseguiu um resultado de relevo com a conquista da medalha de bronze na categoria – 66 kg. A judoca portuguesa só perdeu na meia-final com a italiana que viria a sagrar-se campeã olímpica.
Filipa Martins. Presença histórica
Não chegou às medalhas, mas o seu desempenho foi uma vitória para Portugal. Pela primeira vez uma ginasta esteve presente na final do ‘All-Around’, onde terminou em 20.º lugar, entre 24 participantes. Estar na mesma final de Simone Biles e Rebeca Andrade mostra a sua qualidade.
Vasco Vilaça. Estreia de sonho
Vasco Vilaça pratica triatlo (natação, ciclismo e corrida) desde os seis anos, na estreia em Jogos Olímpicos foi 5.º na prova individual e por equipas. Um desempenho notável que mostra que Portugal tem triatletas de nível mundial. Os diplomas obtidos nesta prova foram merecidos.
Novak Djokovic. O título que faltava
O choque de titãs do ténis em Roland Garros foi favorável a Novak Djokovic, que derrotou Carlos Alcaraz em dois sets (7-6 e 7-6) decididos no tie-break. O tenista sérvio conseguiu a tão desejada medalha de ouro e o título olímpico, o único que faltava num palmarés impressionante.
Armand Duplantis. Ainda mais alto
Desde miúdo que brinca com a vara. Em Paris 2024, voltou ao seu brinquedo preferido e voou para um novo recorde do mundo de salto com vara (6,25 m). Foi a nona vez que o sueco, nascido nos EUA, bateu o recorde do mundo nesta especialidade. É um showman com vara!
Imane Khelif. Questão de género
Ultrapassou toda a polémica criada à volta do seu género e ganhou a medalha de ouro na categoria – 66 kg. Recorde-se que a Associação Internacional de Boxe desqualificou-a do Mundial por ter reprovado no exame de género, já o COI considerou-a elegível para Paris 2024.
Yusuf Dikec. Calma olímpica
O atirador turco surpreendeu pela forma como encarou a competição de tiro com pistola de ar a 10 m. Com a maior calma do mundo, mão esquerda no bolso, e sem os óculos especiais, fez pontaria à medalha de prata e disse que a sua aparente tranquilidade enervou os adversários.
Cindy Ngamba. Medalha histórica
Pela primeira vez a equipa de atletas refugiados do COI ganhou uma medalha. A pugilista dos Camarões, de 25 anos, mudou-se para o Reino Unido quando assumiu ser lésbica, o que é considerado crime no seu país. Em Paris 2024, conquistou a medalha de bronze na categoria – 75 kg.
Mijaín López Pentacampão
O lutador cubano ganhou a quinta medalha de ouro consecutiva na luta greco-romana e anunciou a sua retirada. Aos 41 anos, Mijaín foi o primeiro atleta a ser campeão olímpico cinco vezes na mesma modalidade. Depois, descalçou as sapatilhas e deixou-as no tapete como símbolo de despedida.
Zheng Haohao. Para menores
O skate foi a modalidade que teve mais atletas com menos de 18 anos. A skater chinesa Haohao Zheng, de 11 anos, foi a mais jovem a participar nos Jogos Olímpicos. Realizou manobras de grande dificuldade, mas a pontuação obtida não deu para ir à final.
Noah Lyles. Vitória à justa
Noah Lyles ganhou os 100 m, a prova rainha do atletismo, por cinco milésimos, mas falhou o objetivo de bater o recorde mundial de Usain Bolt de 2009, e foi surpreendido nos 200 m, também aqui não conseguiu igualar os feitos de Jess Owens, Carl Lewis e Usain Bolt.
Fernando Pimenta. Desilusão
Fernando Pimenta, campeão do mundo de K1 1000, quebrou nos últimos 250 metros da final e ficou em 6.º lugar. A desilusão era grande, mas nada que se compare ao seu impressionante palmarés em Jogos Olímpicos e Mundiais de canoagem.
Pedro Pichardo. Salto ao lado
O luso-cubano Pedro Pichardo saltou para a medalha de ouro, mas foi parar à prata por 2 cm. O objetivo de revalidar o título olímpico e bater o recorde do mundo no triplo salto ficou por cumprir. Ainda em Paris, não esqueceu a “guerra” interna com o Benfica, não havia necessidade.
Iúri Leitão. Uma edição, duas medalhas
Iúri Leitão, de 26 anos, elevou-se ao estatuto de principal figura da Missão portuguesa em Paris2024, ao tornar-se no 1º português a conquistar duas medalhas nos mesmos Jogos. A primeira foi de prata no omnium.
Breaking. Uma estreia
Este foi o ano da estreia do breaking nos Jogos Olímpicos. Pela primeira vez, a zona da Concórdia recebeu os B-boys e as B-girls que batalharam entre si até às medalhas de ouro e Portugal nao ficou de fora. Vanessa Marina conseguiu o 13.º lugar na competição.
Iúri Leitão e Rui Oliveira. 1º Medalha de Ouro
Os ciclistas Iúri Leitão e Rui Oliveira são campeões olímpicos em Madison. Os ciclistas passaram em primeiro no último sprint (valia a dobrar), cimentando assim a 1º posição, com 45 pontos. Portugal garantiu assim a sua primeira medalha de ouro nos Jogos.
Cao Yuan. Saltos altos
O chinês Cao Yuan venceu no sábado a plataforma de 10m masculina dos Jogos Olímpicos de 2024, tendo liderado praticamente a classificação de «ponta a ponta», exceto no 2º salto, para vencer com um total de 547.50 pontos. Desta forma, pela primeira vez, a China, venceu os oito ouros da modalidade na competição.
Andebol. Vitória para a Noruega
A Noruega venceu a França por 29 a 21 na final do andebol feminino das Olimpíadas. Esta foi a quinta medalha Olímpica consecutiva para o país, que foi ouro em Beijing, em 2008, e Londres, em 2012, mas foi bronze no Rio de Janeiro, em 2016, e Tóquio, em 2020.
China. Muito ritmo na ginástica
Pela primeira vez, a China conquistou a medalha de ouro na final por equipas da ginástica rítmica dos Jogos de Paris. Durante décadas, este desporto foi dominado por países do leste europeu, principalmente Rússia, Bielorrússia e Ucrânia.
Diana Taurasi. Recorde da 6ª medalha de ouro
A americana Diana Taurasi bateu o recorde ao conquistar a sua sexta medalha de ouro no basquetebol – a última medalha conquistada pelos EUA nestes jogos, no último minuto do encontro, e que permitiu igualar os 40 ouros da China.
Maratona femenina. O último pódio de Paris 2024
Pela 1º vez na história da maior competição de desporto do mundo houve igualdade no número de mulheres e homens em delegações. Na foto, Sifan Hassan, da Holanda, medalha de ouro; Tigst Assefa, da Etiópia, prata e Hellen Obiri, do Quénia, bronze.
Stade de France. 70 mil para fechar
Foram mais de 70 mil as pessoas presentes no estádio olímpico, para o encerramento dos Jogos de Paris 2024. Estiveram presentes todos os países que competiram. Depois do hino nacional de França, o desfile das bandeiras uniu centenas de atletas que comemoraram juntos.
De Billie Eilish a Red Hot Chili Peppers. Muita música na despedida
A cerimónia de encerramento contou com nomes da música como Billie Eilish, Red Hot Chili Peppers, Snoop Dogg e H.E.R., que cantou o hino nacional dos EUA.
Emmanuel e Brigitte Macron. Um presidente satisfeito
Como não podia deixar de ser, o chefe de Estado francês marcou presença nos Jogos, ao lado da sua mulher, Brigitte Macron. Na segunda-feira, o presidente francês afirmou que o evento foi um sucesso e que mostrou «a verdadeira face de Paris».
Thomas Bach. ‘Obrigado, Paris! Obrigado, França!’
No seu discurso de agradecimento, Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), agradeceu aos franceses e a Paris: «Caros amigos franceses, vocês apaixonaram-se pelos Jogos Olímpicos e nós apaixonámos por todos vocês. Obrigado, Paris!».
Tom Cruise. A passagem para LA’2028
O ator Tom Cruise foi um dos protagonistas da cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos. O artista desceu em rappel, desde o topo do Stade de France até ao relvado, para receber a bandeira olímpica das mãos da presidente da câmara de Los Angeles, Karen Bass, cidade que acolherá a próxima edição.