O relógio marcava 11 minutos depois das 5h desta segunda-feira quando Portugal tremeu. O sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter teve o epicentro a cerca de 60 quilómetros a oeste de Sines. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) informou que o tremor aconteceu a uma profundidade de 10,7 quilómetros. Embora tenha sido sentido em várias regiões do sul de Portugal e na zona metropolitana de Lisboa, incluindo o distrito de Setúbal, não foram reportados danos significativos nem vítimas.
O Centro Sismológico Euro-Mediterrânico avaliou o sismo com uma magnitude de 5,1 e uma profundidade de 5 quilómetros, enquanto o USGS – serviço geológico dos EUA – estimou uma magnitude de 5,4. O IPMA recebeu milhares de testemunhos sobre o evento, sendo que qualquer pessoa pode preencher o formulário disponível online. Tanto que o site do IPMA “foi abaixo” devido ao elevado número de acessos registado num curto espaço de tempo, segundo o movimento CpC: Cidadãos pela Cibersegurança. Já foram verificadas réplicas e a Câmara Municipal de Lisboa anunciou que lançará uma aplicação – intitulada de LxReSist – que permitirá que os cidadãos verifiquem o risco sísmico dos edifícios onde vivem.
Curiosamente, a 26 de agosto de 1966, a terra também tremeu. De acordo com informação veiculada à época pelo Diário de Lisboa, o “sismo de pequena intensidade causou natural apreensão”. Principalmente, nos habitantes da capital portuguesa. À semelhança daquilo que aconteceu agora, no Instituto Dom Luiz, Observatório Meteorológico e Geofísico de Portugal, “foi recebido um elevado número de comunicações telefónicas, como acontece sempre que se registam abalos telúricos”. Lia-se que o sismo fora de “3-4 na escala internacional”.
Não era sentido um sismo de tão elevada magnitude, em território nacional, desde 17 de dezembro de 2009. Com magnitude 6,0 na escala de Richter, ocorreu à 01h37 e teve epicentro no mar, a 10 km de profundidade, a oeste de Gibraltar, a cerca de 185 km a oeste de Faro e 264 km a sudoeste de Lisboa. Este foi o sismo mais forte registado no país desde o de 1969. Depois do sismo de 2009, o mais semelhante àquele que se verificou ontem foi o da Madeira, em março de 2020, com uma magnitude de 5,1 na escala de Richter.