Os cidadãos do país africano da região do Sahel, que têm atravessado períodos delicados e de convulsão, serão chamados às urnas no dia 29 de dezembro ao nível legislativo, provincial e municipal, anunciou a Agência Nacional de Gestão de Eleições do Chade.
A decisão foi anunciada dias após a promulgação da lei orgânica que determina a constituição parlamentar. Como seria de esperar, o líder do ADIL, maior partido da oposição, Moyadé Narédoum, manifestou-se contra a decisão, criticando o timing que, a seu ver, é uma «fuga para a frente» e pode minar as tentativas de estabilização no país.
Também as grandes figuras da sociedade civil, como é Jean Bosco Manga, se mostram preocupadas com a realização destas eleições, argumentando que, e com se pode ler no site da Africanews, «a realização de eleições sem resolver as questões de delimitação eleitoral há muito existentes é uma abordagem incorreta».
Por outro lado, Mahamat Zen Bada, secretário-geral do Movimento de Salvação Patriótico que está no poder, admite estar preparado, com já seria de esperar, e acredita que a realização de um ato eleitoral no fim de 2024 – fim do período de transição de dois anos – é importante para reaver a ordem constitucional.