Com o rigor do pensamento, a clareza da escrita e a coragem da liberdade habituais, José António Saraiva (JAS) desmontou uma ideia venenosa que infetou e conduziu o país a esta realidade e tempo de ingovernabilidade e dissolução crescentes. Refiro-me à ideia de ‘igualitarismo’.
Só faltou no artigo de JAS dizer-se que a praga, vinda de Boston diretamente ou via Paris, vingou e radicou-se com a ocupação da escola, que com o 25 de Abril foi sendo conseguida pelo que então designámos por ‘eduquês’, a ideologia obscurantista das pedagogias ditas modernas do facilitismo e, claro, do nivelamento por baixo. Isto com a cumplicidade ou a indiferença modernaça de todos os Partidos e o alheamento ignorante ou oportunista de muita gente, designadamente de inúmeros pais à procura dos diplomas sem a chatice de obrigarem os meninos a estudar. *
Mas há outra ideia-praga, inseparável e sinérgica da ideia de igualitarismo, cada uma mais perversa do que a outra: a ideia de inclusão.
São taras ocidentais, piores entre nós porque partimos sempre de trás. Corroem e destroem a civilização que vem da alvorada da renascença e estão a levar à rendição e submissão em curso do Ocidente.
Deixo para a análise e a escrita de JAS a escalpelização de mais esta ideia, acrescentando por agora apenas o seguinte:
Há Civilizações e pessoas que as transportam que não são ‘incluíveis’ sem degeneração como a que está em curso. O exemplo extremo é o do Islamismo, um extremo de proselitismo e fanatismo, como foi o nosso no tempo das cruzadas, mas que a nossa modernidade enfrentou contendo esse desvio da Igreja da mensagem admirável e sem mácula de Cristo.
À chamada para a ‘guerra santa’, cada islâmico, por mais frágil, simplório e grato que pareça, pode tornar-se num ápice num assassino fanático. Onde entra e domina, o Islão devasta tudo. Para perceber isto basta olhar para o mundo. Não é possível, pois, a convivência com ele. Cada imigrante islâmico que acolhemos e queremos incluir pode tornar-se a prazo numa bomba relógio.
A religião do Islão tem um pecado original que faz dela um bloqueio incontornável ao processo de transformação dos Estados, designadamente dos Estados árabes que se querem modernizar. É uma ameaça permanente, ativa ou latente, à modernização, ao desenvolvimento, ao espírito crítico, à paz.
- Os Anos Devastadores do Eduquês, Lisboa, Presença, 2012.