O Papa Francisco fará uma das maiores viagens do seu pontificado entre os dias 2 e 13 de setembro, percorrendo 32.814 quilómetros para visitar a Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura. Esta viagem, planeada inicialmente para 2020 e adiada devido à pandemia de Covid-19, é significativa tanto pela distância quanto pelas questões abordadas.
Na Indonésia, Francisco promoverá o diálogo inter-religioso, visitando o “Túnel da Amizade” que liga uma mesquita a uma catedral católica em Jacarta. Em Papua Nova Guiné, destacará a necessidade de chegar às “periferias”, abordando também temas ambientais. Em Timor-Leste, vai repetir os passos de João Paulo II, que visitou o país em 1989 durante a ocupação indonésia, e poderá enfrentar o legado do escândalo de abusos sexuais na Igreja. Em Singapura, terá a oportunidade de melhorar as relações com a China, num momento em que o Vaticano procura fortalecer laços com o país asiático.
A viagem reflete as prioridades de Francisco, como o diálogo inter-religioso, a atenção aos problemas ambientais e o desenvolvimento económico com uma perspetiva espiritual, destacando a importância da Ásia para a Igreja Católica.
Em 1986, o Papa João Paulo II fez uma viagem de 13 dias e percorreu 48.974 quilómetros. Até hoje, foi a figura máxima da Igreja Católica que mais viagens realizou: visitou 129 países, contabilizando mais de 1,7 milhões de quilómetros percorridos de avião, carro, navio e ferry boat. Estes dados foram recolhidos por Maxwell-Stuart, P.G. e publicados, em 2006, no livro Chronicle of the Popes: Trying to Come Full Circle.
