O presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, João Manuel Esteves, pediu, esta quarta-feira, ao secretário de Estado da Proteção Civil, um “reforço de policiamento e investigação” para travar os fogos com “origem criminosa” que têm assolado o concelho.
O autarca, citado pela agência Lusa, referiu que: “Tudo indica que [o incêndio que lavra em São Jorge e Ermelo] é fogo intencional e de origem criminosa pelas circunstâncias em que ocorreu, a hora a que ocorreu, a forma como o fogo evoluiu. A informação que me vão dando é que será essa a origem deste e de muitos outros. Temos de ter uma ação concertada de forma que se consiga travar estas pessoas que têm intenções que são efetivamente criminosas”
As declarações de João Manuel Esteves surgem na altura em que o incêndio, que deflagrou no concelho, na passada terça-feira, ainda se encontra ativo e já consumiu mais de 900 héctares de mato.
O presidente da Câmara de Arcos de Valdevez adiantou que já pediu ao secretário de Estado da Proteção Civil, um reforço de meios de vigilância, policiamento e investigação criminal, “no sentido de tentar identificar ou pôr algum cobro a estas intenções criminosas que estão com muitas incidências”.
“O presidente da República também ligou hoje para se inteirar do incêndio e alertei para a necessidade de ser reforçado o policiamento e a investigação”, acrescentou.
O autarca reforçou que: “Temos tentado resolver os problemas, mas há um número muito elevado de incêndios. A esmagadora maioria, segundo o sentimento geral, tem origem criminosa. Isto esgota os meios, desanima as pessoas e é um combate desigual. Fazem-se todos os esforços, as pessoas passam horas atrás dos incêndios e, de repente, surge mais um e, a seguir outro noutro lado”.
Pelas 13h43, segundo informação na página oficial da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o incêndio mobilizava 225 operacionais, 70 viaturas e quatro meios aéreos.