Cinco euros: uma moeda que vale uma nota

«A moeda, emitida em cuproníquel, é um disco de homenagem à maior banda do rock nacional», escreve a Casa da Moeda. Vale cinco euros.

O Banco de Portugal colocou à venda, na quarta-feira – no âmbito da série “Músicos Portugueses” -, uma moeda de coleção, no valor de cinco euros, dedicada aos Xutos & Pontapés.

A moeda, desenhada pelo guitarrista Tó Trips, tem num dos lados um X feito com os braços, símbolo que caracteriza o grupo e que muitos fãs costumam fazer durante os concertos. No outro lado foi escrito «Xutos & Pontapés» e «Rock ‘n’ Roll desde 1979» e a letra «X». «A distribuição ao público será efetuada por intermédio das instituições de crédito, das tesourarias do Banco de Portugal e das lojas da Imprensa Nacional-Casa da Moeda», informou o Banco de Portugal num comunicado.

Recorde-se que esta série da Casa da Moeda, que é dedicada aos músicos portugueses, começou em agosto do ano passado, com uma moeda dedicada a José Afonso. Na moeda estava gravado o seu rosto, de perfil. Do outro lado, a representação de uma mão a tocar guitarra.

A banda nasceu oficialmente há 45 anos, no dia 13 de janeiro de 1979, no salão de baile dos Alunos de Apolo, em Lisboa. Nessa noite, o grupo tocou quatro músicas em pouco mais de cinco minutos. Antes de Xutos e Pontapés, a banda teve outros nomes: primeiro Delirium Tremens e depois Beijinhos e Parabéns. Nessa altura, faziam parte Zé Pedro, Kalú, Tim e Zé Leonel.

O grupo foi muito influenciado pelo punk rock que entrava em força na cena musical estrangeira. No início da década de 80, o grupo foi ganhando e perdendo membros: Zé Leonel abandonou o grupo, e entraram João Cabeleira e Gui.

«A moeda, emitida em cuproníquel, é um disco de homenagem à maior banda do rock nacional», escreve a Casa da Moeda no seu site. O grupo continua a dar concertos lotados. Tem mais de uma dezena de álbuns e, neste momento, conta com com Tim (vocalista e baixista), João Cabeleira (guitarrista), Gui (saxofonista) e Kalú (baterista).