Câmbio no Brasil: mais político do que económico

A fuga de capitais de famílias tem crescido a ponto de os bancos terem adquirido instituições na Flórida e aberto escritórios na Europa. Miami e Lisboa.

Curiosamente o noticiário económico no Brasil que tradicionalmente dá destaque à cotação do dólar insiste em ligar as oscilações ao mercado internacional, aos dados da economia dos EUA, à movimentação das robustas reservas do país, cotação do petróleo e outros. Na verdade, estes dados pouco importam, pois a tradição brasileira e latino-americana na poupança em dólar nas classes mais favorecidas permanece nas novas gerações. Agora, então, com o governo mais à esquerda, que aumenta impostos, ameaça confisco de ‘super-ricos’ e o que se passa na vizinha Venezuela, a questão está na ordem do dia. A fuga de capitais de famílias tem crescido a ponto de os bancos terem adquirido instituições na Flórida e aberto escritórios na Europa. Miami e Lisboa são os destinos dos que optam por mudar de residência, e Miami, Londres e Genebra, para colocar suas poupanças. O dinheiro de origem suspeita tem procurado Dubai. Grandes grupos, incluindo fundos, têm optado por Portugal, como o BTG Pactual, que teria estimados mil milhões de euros em investimentos. Quase todas as grandes vendas de empresas familiares ou ganhos de heranças de maior porte têm resultado na fuga do dinheiro e de seus titulares. Seriam já cerca de 30 mil brasileiros com média de um milhão de dólares fora do país. A estes, soma-se estimados dez mil não contabilizados por terem dupla nacionalidade – Portugal, Itália e Espanha. Os números atuais são positivos na economia, mas o orçamento de 2025, segundo analistas, está com a receita sobrestimada e as despesas subestimadas.

VARIEDADES

Foi um sucesso a viagem de Cláudia Thomé Witte a Salvador, São Paulo e Rio para o lançamento de seu livro D. Amélia, editado pela Leya. Acompanhou a escritora o historiador Paulo Rebuzzi, com obra sobre o Império e biografias de seus personagens. Foi o primeiro livro da autora, que mora em Lisboa, editado no Brasil.

A secura tem provocado tantos incêndios em mais de cem cidades brasileiras com nível inferior ao Saara. Brasília, capital, teve dias com 10% de humidade relativa do ar, em alerta máximo.

Tudo pode acontecer no Brasil atual. O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, sendo acusado por uma entidade de defesa dos direitos humanos de assédio sexual. O ministro, que é negro, teria abordado a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que também é negra, entre outras pessoas. Lula o demitiu.

Flamengo e a seleção brasileira estarão sem o goleador Pedro por, pelo menos, seis meses. O motivo é uma lesão grave no joelho. Como esta ocorreu em treino da seleção, o clube vai pedir indenização prevista em apólice de seguro da Fifa.

Os militares não gostaram do cancelamento da compra de blindados israelenses por parte do Brasil. A ideia foi do assessor internacional de Lula, o embaixador Celso Amorim, simpatizante da causa palestina.

Roberto Medina, o homem do Rock in Rio, apresentou um grande projeto para criar, na área das Olimpíadas de 2016, um complexo de entretenimento e animação, além de local permanente para o Rock in Rio. O projeto terá implantação em três anos, pois a infraestrutura da área está pronta. Será o maior complexo de música, shows, animação infantil e gastronomia da América Latina.

A Câmara do Comércio Brasil – Portugal vai homenagear, com jantar no Palácio São Clemente, Nuno Guedes Vaz Pires, pela promoção do vinho português no Brasil. Será dia 21, em ato compartilhado com António Fiuza e a Embaixadora Gabriela Albergaria. 

Jornalista