O novo governo neerlandês pediu esta quarta-feira à União Europeia uma isenção das obrigações em matéria de migração. O objetivo é cumprir a promessa eleitoral de reduzir drasticamente o número de imigrantes nos Países Baixos.
A ministra da Migração neerlandesa, Marjolein Faber, informou a Comissão Europeia de que os Países Baixos pretendem ficar fora dos regulamentos de aceitação de refugiados.
“Acabo de informar a Comissão Europeia de que pretendo que os Países Baixos tenham uma opção de não-migração na Europa”, escreveu Faber numa carta divulgada nas redes sociais pela comissária europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson.
“Temos de voltar a ser responsáveis pela nossa própria política de asilo” acrescentou Faber, que integra o Partido da Liberdade, de Geert Wilders.
O governo, que chegou ao poder em julho, anunciou terça-feira o programa de ação para 2025, que inclui políticas mais rigorosas para reter ou expulsar os migrantes sem as condições necessárias para obter asilo.
Ainda antes de o plano ser tornado público, a Comissão Europeia avisou o Governo neerlandês de que a sua abordagem não iria funcionar. “Adotámos legislação. Está adotada. Na União Europeia (UE), não se pode optar por não adotar legislação”, disse o porta-voz do executivo comunitário, Eric Mamer.