As autoridades do Zimbabué planeiam abater 200 elefantes nos distritos de Hwange, Mbire, Tsholotsho e Chiredz. De acordo com uma notícia do jornal britânico The Guardian, o objetivo é alimentar a população, que enfrenta fome aguda após a pior seca das últimas quatro décadas.
A seca é provocada pelo fenómeno El Niño e destruiu as as plantações no sul de África, afetando 68 milhões de pessoas e causando escassez de alimentos em toda a região.
«Podemos confirmar que estamos a planear abater cerca de 200 elefantes em todo o país. Estamos a trabalhar para saber como fazê-lo», disse o porta-voz da autoridade de parques e vida selvagem do Zimbabué.
O abate, o primeiro no país desde 1988, segue o exemplo da Namíbia, que no mês passado abateu 83 elefantes e distribuiu a carne pelas pessoas afetadas pela seca.
Sustentabilidade dos parques
Tinashe Farawo Farawo acrescentou que o abate também faz parte dos esforços do país para descongestionar os seus parques. O Zimbábue abriga, neste momento, mais de 84 mil elefantes e os seus parques só podem sustentar 55 mil elefantes.
Com uma seca tão severa, os conflitos entre humanos e animais selvagens podem aumentar à medida que os recursos se tornam mais escassos. Em 2023, 50 pessoas morreram em ataques de elefantes no Zimbabué.
O Zimbabué, elogiado pelo esforços de conservação e pelo crescimento da sua população de elefantes, tem feito pressão na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção para reabrir o comércio de marfim e elefantes vivos