SNS comparticipa novo medicamento para deixar de fumar

Destaque para a importância da realização de campanhas regulares em rádios locais, nos serviços de saúde, nas redes sociais, para motivar os fumadores e divulgar o tratamento

A partir de outubro, vai haver um novo medicamento comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) para deixar de fumar, passando a existir dois fármacos disponíveis no mercado. A , uma medida aplaudida pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP).

A Autoridade Nacional do Medicamento de Produtos e Saúde (Infarmed) revela que, no próximo mês, estará disponível no mercado um novo medicamento sujeito a receita médica, enquanto o outro, com a substância ativa vareniclina, também sujeito a receita médica, foi disponibilizado recentemente.

O genérico é do medicamento Champix, que era o único medicamento comparticipado pelo Estado, mas que foi retirado do mercado em 2021 por decisão do laboratório.

No Dia Europeu do Ex-fumador, que se assinala esta quinta-feira, a coordenadora da Comissão de Trabalho de Tabagismo da (SPP) saudou esta medida, sublinhando que existem estudos que mostram que o baixo preço motiva os fumadores a deixar de fumar.

Além disso, triplica a taxa de sucesso do tratamento, porque aumenta a adesão ao tratamento farmacológico, disse Sofia Ravara, que lançou a campanha “Deixar de usar tabaco e nicotina: uma meta alcançável com tratamento”.

A também professora da Universidade Beira Interior falava depois de a SPP ter feito as contas aos ganhos que se pode ter ao deixar de fumar com a comparticipação de dois fármacos, sobretudo, do genérico, tendo concluído que “continuar a fumar custa cinco vezes mais do que fazer o tratamento”.

“O seu custo ronda os 26 euros para o contribuinte normal e 20 euros para o pensionista. Se pensarmos, por exemplo, que uma das marcas mais baratas para fumar custa 4,7 euros, o maço de tabaco, uma pessoa que fume 20 cigarros vai gastar 141 euros por mês, enquanto se fizer a terapêutica vai gastar 26 euros ou 20 euros se for pensionista”, realçou a também professora da Universidade da Beira Interior.

Para a especialista, citada pela agência Lusa, esta poupança é “extremamente apelativa”, desejando que “os fumadores tenham esta informação”. Sofia Ravara destacou a importância da realização de campanhas regulares em rádios locais, nos serviços de saúde, nas redes sociais, para motivar os fumadores e divulgar o tratamento.