As democracias se desgastam com as lideranças populistas ou populares.

As democracias se desgastam com as lideranças populistas ou populares.

A lamentável cena de um candidato a prefeito de São Paulo responder as provocações de opositor agredindo-o com uma cadeira, diante das câmaras de televisão, reflete o nível dos atuais políticos brasileiros. Não bastasse os dois que concorreram à Presidência em 2022, Lula e Bolsonaro, que disputam também a falta de educação e de postura compatível com os cargos que exercem ou exerceram. Não é consolo, mas entristece a constatação que não é muito diferente do que se passa na política norte-americana e em boa parte da União Europeia. A safra de Arias Navarro, Adolfo Suárez, Fraga Iribarne, Georges Pompidou, Margaret Thatcher, Mário Soares, Cavaco Silva, Reagan e Nixon não deixou sucessores.

As democracias se desgastam com as lideranças populistas ou populares, mas sem base sólida de conceito para merecerem respeito e admiração.

A culpa fica por conta do enfraquecimento ou fim das monarquias e da retirada das elites da vida pública, abrindo espaço para todo tipo de aventura. O empresariado, a burguesia e a aristocracia pagam neste momento alto preço pela omissão nas últimas décadas, em todo mundo. Os estadistas sempre tiveram boas relações com empresários sérios e relevantes, homens que tinham interesse público e sabiam que seus negócios precisariam sempre de governos austeros e contas públicas em ordem. As novas gerações, a direção profissional das grandes organizações, retirou este sentido cívico na gestão das empresas. Foi comum a presença nos parlamentos de grandes empresários, no Brasil como nos EUA e Europa .Estão fazendo falta…

VARIEDADES

Embora com os bancários mais bem remunerados do Brasil, os funcionários dos bancos estatais, como o Banco do Brasil, entraram em greve.

Lula da Silva voltou a criticar as privatizações feitas nos governos Temer e Bolsonaro. Não foi feliz na escolha do local, pois foi na inauguração de uma unidade de processamento de gás no complexo petroquímico que gastou mais de dez mil milhões de euros e ficou com obras paradas por nove anos pelos custos e corrupção. O projeto diminuiu de tamanho e ainda vai levar tempo para ter outros aproveitamentos pela Petrobras.

Inadimplência nos bancos de varejo digitais preocupa, assim como o déficit fiscal. Depois da eleição municipal, no próximo dia 6, a Câmara vai votar o que falta na reforma fiscal e para o equilíbrio do orçamento do Estado. Finalmente os juros aumentaram para segurar a inflação, por decisão unânime do Banco Central, que hoje tem maioria de indicados por Lula. O consumo cresce pelas verbas sociais pagas pelo governo a mais de trinta milhões de brasileiros.

Apesar dos problemas de segurança, o Rio de Janeiro mostra sua vitalidade com a indústria do entretenimento forte. O Rock in Rio foi um sucesso e, dia 16 próximo, vai ser inaugurado o complexo de laser, gastronomia e música Roxy, em Copacabana, que promete ser o mais moderno do mundo. Hotelaria vive um bom momento e as reservas para final do ano estão animadoras. E novembro terá a reunião do G20.

Lula da Silva falou na ONU, mas já identificado com as posições da China e da Rússia. Insiste em se apresentar como mediador. Antes de viajar, manteve conversa telefônica com Putin.

A seca em todo território brasileiro preocupa. A secura na capital, Brasília, abaixo da registrada no Saara. Fogo em proporções dramáticas. Os rios da Amazônia estão secos, provocando crise hídrica grave. No Sul já choveu um pouco. Espera-se a normalização nesta primeira quinzena.

A atual temporada do futebol vem registrando significativo aumento da presença de torcedores nos estádios em todo o país.

Jornalista