O ex-diretor da Direção-Geral da Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) defendeu no Parlamento que a fuga de cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus, em Alcoentre, não esteve relacionada com a suposta falta de guardas prisionais.
Apesar de considerar a fuga «muitíssimo grave», Rui Abrunhosa Gonçalves – que apresentou a demissão – justificou que «o número de guardas que existia era o número que estava mais do que estipulado para as funções. Há muito que já estava assim desde a reorganização dos turnos feita em 2017.
Tirando esta fuga, nunca houve outra fuga em mais de 24 anos». Na opinião do ex-diretor da DGRSP, «esta fuga tem a ver também com aquilo que os delinquentes fazem: verificar as atividades rotineiras».
Assim, Rui Abrunhosa Gonçalves defende a sua opinião sobre o que pode ter originado a fuga: «É muito provável, digo eu, que tenha havido uma falha nessas rotinas, que possam ter sido aproveitadas». Agora, acrescentou, «é preciso apurar responsabilidades».