Hospitais vão poder comprar bombas de insulina automáticas

A taxa de mortalidade tem diminuído desde 2017, atingindo o menor valor nos últimos anos

O Governo vai permitir que os hospitais adquiram bombas de insulina automáticas em situações de emergência, após a suspensão da distribuição devido a uma ação judicial de um concorrente. 

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, anunciou a medida durante uma visita à Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) destacando a urgência da situação para doentes com diabetes tipo 1. 

A Sociedade Portuguesa de Diabetologia e a APDP pediram a normalização da distribuição, ressaltando que a meta de 2.500 bombas até o fim do ano não será cumprida. A ministra confirmou que o Ministério da Saúde usará mecanismos legais para garantir o fornecimento das bombas, dando prioridade a casos urgentes. O tratamento da diabetes tipo 1, utilizando sistemas de perfusão contínua de insulina, melhora o controlo glicémico e a qualidade de vida.

No relatório divulgado pela DGS no Dia Mundial da Diabetes, no ano passado, constata-se que 2,76 milhões de pessoas estão em avaliação de risco para diabetes tipo 2, com 883.074 já diagnosticadas com a doença, em Portugal. Em 2021, a diabetes causou 3.474 mortes no nosso país, representando 2,8% do total, sendo que 10% dessas vítimas tinham menos de 70 anos. 

A taxa de mortalidade tem diminuído desde 2017, atingindo o menor valor nos últimos anos.