A capital portuguesa está nas bocas do mundo. São cada vez mais aqueles que a escolhem como destino turístico, foi considerada a melhor cidade em termos de cultura emergente, o melhor destino culinário da Europa e uma das mais hospitaleiras. Além disso, está nomeada para a 23.ª edição dos Wanderlust Reader Travel Awards 2024, como «cidade europeia mais desejada». E este fim de semana, Lisboa ganhará ainda mais destaque internacional por acolher o Festival Tribeca, fundado há duas décadas em Nova Iorque pelo ator Robert De Niro e a produtora Jane Rosenthal. O festival foi criado com o objetivo de reavivar a cultura cinematográfica no sul de Manhattan, em Nova Iorque. No entanto, rapidamente cresceu, tornando-se um dos eventos mais reconhecidos no setor. «Todos os anos, o nosso objetivo é unir as comunidades, despertar a criatividade e inspirar novas ondas de inovação. Significa muito para nós trazermos este mesmo espírito a Lisboa – uma cidade que borbulha com uma renovada promessa cultural e económica», afirmou o De Niro, de 81 anos, durante a apresentação do festival, que resulta de uma parceria entre a Tribeca Enterprises, a estação televisiva SIC, a plataforma de streaming OPTO e a Câmara Municipal de Lisboa.
Grandes nomes
O Tribeca Festival Lisboa, que teve a sua abertura oficial na quinta-feira no Museu MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, reunirá grandes nomes do cinema e do entretenimento, tanto nacionais como internacionais, num programa que inclui filmes, conversas e atuações musicais, durante dois dias no Beato Innovation District. Entre os mais de cem convidados e participantes estão a produtora Jane Rosenthal, os atores Robert De Niro, Chazz Palminteri, Albano Jerónimo, Daniela Ruah, Griffin Dune, Whoopi Goldberg, Afonso Pimentel, Alba Baptista, Joaquim de Almeida, o comediante Ricardo Araújo Pereira, a produtora portuguesa Joana Vicente, o diretor de conteúdos da Prime Vídeo para Portugal e Espanha Ricardo Carbonero, a atriz e modelo Sara Sampaio, o músico Dino d’Santiago e a cantora Gisela João e os escritores Mia Couto e José Eduardo Agualusa.
Filmes, Conversas e Música
O espaço divide-se em quatro palcos. No Tribeca Talks, passarão os fundadores do festival e grandes nomes da representação nacional e internacional. Aqui, os convidados vão discutir sobre a forma como se chega até «uma grande história», o poder tanto da comédia, como do drama na saúde mental, o impacto da inteligência artificial na produção cinematográfica e o empoderamento das mulheres. Ao todo, espera-se 10 horas de conversa.
No World Stories será possível assistir a estreias internacionais, onde se incluem filmes como Anora, de Sean Baker, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, e In the Summers, de Lacorazza Samudio, premiado em Sundance.
Já o palco Made in Portugal é dedicado à produção nacional, com 12 filmes para conhecer: como a série Azul, do realizador Pedro Varela, a longa-metragem Podia Ter Esperado Por Agosto, de César Mourão, entre outras.
Além disso, no Untold Stories – outro espaço de conversa mais informal -, será debatido o impacto do digital na indústria, o fenómeno do poder das comunidades, a carreira dos atores e como os portugueses chegaram a Hollywood.
O festival não esquece a importância da música. Ao longo do fim de semana, os visitantes poderão ouvir artistas como Samuel Úria, Gisela João, Xinobi Live, Diana Castro, Dino D’Santiago, Progressivu e haverá um Blaya DJ Set.
O bilhete diário custa 75 euros e o passe para os dois dias é 130 euros. A expectativa é que passem por lá mais de 1500 pessoas por dia.
