Desde as eleições de 2018, o Brasil tem visto crescer a influência das redes sociais. Agora, nessa eleição o fenómeno ficou por conta de Pablo Marçal, que teve mais de um milhão e setecentos mil votos, na eleição de São Paulo. O candidato sem tradição política, amparado em partido sem representantes nas Câmaras paulistas, sem acesso a rádio e televisão no horário eleitoral, dependeu dos debates e por 1% não foi à segunda volta. Este fenómeno provocou a urgência do Parlamento regulamentar o uso das mídias sociais nas eleições, para inclusão na legislação eleitoral.
VARIEDADES
• O presidente da Câmara do Rio, Eduardo Paes, anunciou que a passagem do ano na cidade, em Copacabana, vai contar com a presença de Ivete Sangalo, Caetano Veloso e sua irmã Bethânia. O evento costuma reunir perto de dois milhões de pessoas e tem uma ocupação de 100% na rede hoteleira do bairro.
• Os planos de saúde privados registraram, nos últimos 12 meses, prejuízos de um bilhão de euros. Importância quase igual aos gastos não previstos em contratos, mas determinados pela Justiça. Mais de 500 mil ações pedem cirurgias, inclusive plásticas, e medicamentos fora do previsto. Hoje seriam mais de 40 milhões de brasileiros atendidos pelo setor privado, o que alivia, e muito, o público.
• Editorial do influente jornal O Estado de S. Paulo – Estadão – critica fortemente o Supremo Tribunal e diz que os magistrados «se consideram deuses olímpicos, acima do bem e do mal». E condena as viagens para eventos no exterior patrocinadas por grandes empresas com causas naquele tribunal.
• O Presidente Lula pede urgência para a compra de um novo avião para seu uso em viagens internacionais. O Presidente se queixa do atual Airbus não ter autonomia para voos com mais de dez horas, obrigando a escalas. O Papa freta aviões da empresa italiana, que é mais económico, observa a oposição.
• Francis Ford Coppola está em São Paulo para o lançamento de seu último filme, Megalopolis.
• O Presidente Lula afastou a possibilidade do horário de verão este ano. A alteração traria dificuldades às empresas aéreas, e a economia seria muito pequena.
• A conversa de Lula com os presidentes dos cinco maiores bancos privados do país – Bradesco, Itaú, Santander, BTG e Safra – não avançou na questão do aumento de imposto para os super-ricos (mais de 150 mil euros, por ano), que não são super-ricos. Lula disse que não podia abrir mão de seu programa de atendimento aos mais pobres. Ouviu que a melhor forma de atender aos mais pobres é combater a inflação e estimular o investimento.
• O Governo italiano fez chegar ao Governo brasileiro que a questão envolvendo a empresa Ternium, siderurgia relevante, e a CSN, de Benjamin Steinbruch, desperta suspeitas na ação do judiciário. A empresa italiana, sediada em Luxemburgo, ganhou em várias instâncias e, no final, o Supremo alterou o resultado do processo que envolve muitos mil milhões de dólares.
• A venda de aviões suecos para a Força Aérea Brasileira, com transferência de tecnologia à Embraer, provocou questionamento dos EUA ao governo sueco. Consequência do alinhamento brasileiro com a Rússia, China e Irã.
• Eleitor em São Paulo, o ex-Presidente Fernando Henrique já não tem condições de saúde para sair de casa e votar.